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Líbia: ONU mostra preocupação com “brigadas revolucionárias”

Enviados da ONU manifestaram nesta quarta-feira seus crescentes temores em relação às "brigadas revolucionárias" na Líbia, acusadas de causar um aumento dos distúrbios na era pós-Kadafi e de manter milhares de pessoas detidas em centros secretos.

A comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, e o representante especial da ONU na Líbia, Ian Martin, explicaram que estas unidades, que lutaram contra as tropas de Kadafi, não foram controladas pelo governo interino.

Martin disse que os enfrentamentos na cidade líbia de Bani Walid esta semana, cuja culpa foi atribuída, por um momento, a partidários de Khadafi, tinham sido causados por um confronto entre a população local e umas destas brigadas.

Informou que também foram responsáveis por confrontos fatais em Trípoli e outras cidades este mês.

"Apesar de as autoridades conseguirem conter esses e outros incidentes menores que continuam acontecendo em todo país de forma regular, está sempre presente a possibilidade de que surtos de violência similares possam aumentar", advertiu Martin em uma reunião sobre a Líbia do Conselho de Segurança da ONU.

O governo está tentando reintegrar milhares combatentes das milícias anti-Kadafi no exército e na polícia.

Pillay afirmou também que a Otan deve revelar quais medidas tomou para evitar as mortes de civis nos ataques aéreos que aconteceram antes da queda do ditador líbio Muamar Khadafi ano passado.

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