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Depois de decisão da Finlândia, Suécia solicitará oficialmente adesão a OTAN

A Suécia solicitará sua adesão à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), anunciou nesta segunda-feira (16) a primeira-ministra, Magdalena Andersson, destacando que isto significa uma nova "era" para o país escandinavo.

O governo decidiu informar a OTAN sobre a vontade da Suécia de virar um membro da aliança", afirmou em uma entrevista coletiva, um dia depois do anúncio da candidatura por parte do governo da Finlândia.

"Deixamos uma era para entrar em uma nova", disse a primeira-ministra. O embaixador sueco na OTAN apresentará em "pouco tempo" a candidatura de Estocolmo, segundo Andersson. Suécia e Finlândia anunciaram o desejo de apresentar as candidaturas de forma simultânea.

"Esperamos que (a adesão) não demore mais de um ano", com a necessária ratificação pelos 30 membros da Aliança, declarou a chefe de governo sueca.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia, que estão reunidos hoje em Bruxelas, farão um balanço da questão da adesão inicial da Finlândia e da Suécia à OTAN.

O ministro francês, Jean-Yves Le Drian, emitiu comunicado à imprensa dizendo que "a França apoia plenamente esta escolha soberana".

Reação de Putin

Em resposta, o presidente Vladimir Putin disse que a Rússia não considera a decisão de Finlândia e Suécia de aderir à organização como uma ameaça, mas que a presença de infraestrutura militar pode provocar uma resposta de Moscou.

A entrada na OTAN da Suécia e da Finlândia não representam "uma ameaça direta para nós (…) mas a expansão de infraestrutura militar nestes territórios vai gerar certamente uma resposta nossa", afirmou Putin.

Decisão não é unânime no partido governista

Em uma mudança de sua posição histórica, o Partido Social-Democrata, que governa a Suécia, havia dado o sinal verde no domingo (15) para a candidatura do país à OTAN.

Durante reunião extraordinária, a direção do partido decidiu pelo apoio à candidatura, mas com ressalvas. Os sociais-democratas suecos são contrários à instalação de bases permanentes da OTAN e de armas nucleares no território sueco, o que não é exigido para integrar a aliança.

Uma consulta interna revelou as divisões no partido, com vozes críticas que denunciaram o que consideram uma decisão precipitada, apenas para seguir o calendário da Finlândia.

(Com informações da AFP)

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