A OTAN nomeou o general norte-americano Christopher Cavoli Comandante Supremo das Forças Aliadas na Europa nesta terça-feira (3), em um momento de tensão pela invasão russa à Ucrânia.
Sua nomeação foi aprovada pelo Conselho do Atlântico Norte em substituição ao general Tod D. Wolters em uma cerimônia prevista no quartel-general das Potências Aliadas da Europa na localidade belga de Mons, informou a OTAN.
Cavoli é filho de um oficial ítalo-americano, nascido em plena Guerra Fria em Würzburg, na então Alemanha Ocidental, e foi criado nas bases militares em que seu pai serviu. Militar fluente em russo, está em serviço desde 1987 e exerce o cargo de comandante das forças norte-americanas na Europa e na África desde 2020, que estão estacionadas em Wiesbaden, na Alemanha.
O cargo de comandante militar da OTAN sempre recai em um oficial norte-americano e os europeus nomeiam o secretário-geral da organização, atualmente conduzida pelo norueguês Jens Stoltenberg, cuja missão foi prolongada pela guerra na Ucrânia.
Boris Johnson promete mais ajuda militar à Ucrânia
O Reino Unido aumentará sua ajuda militar à Ucrânia contra a invasão russa, com radares e drones, para garantir que ninguém "nunca mais se atreva" a atacá-la, prometeu o primeiro-ministro Boris Johnson ao Parlamento ucraniano nesta terça-feira (3).
"Continuaremos ajudando a Ucrânia […] com armas, financiamento e ajuda humanitária, até alcançar nosso objetivo a longo prazo, que deve ser reforçar a Ucrânia para que ninguém nunca mais se atreva a atacá-la", declarou o líder conservador por videoconferência, em Londres, dirigindo-se aos deputados ucranianos.
Este novo pacote de 300 milhões de libras (cerca de 355 milhões de euros, 377 milhões de dólares) inclui "radares para localizar a artilharia que bombardeia suas cidades, drones de transporte pesado para alimentar suas forças e milhares de aparelhos de visão noturna", afirmou.
O Reino Unido já forneceu 450 milhões de libras para ajudar militarmente a Ucrânia com milhares de mísseis antitanque leves, entre outros elementos. Prometeu recentemente que entregará veículos blindados para as retiradas, mísseis antinavios e sistemas de defesa antiaérea.
Em seu discurso, Johnson admitiu que os ocidentais foram "muito lentos na hora de entender o que estava acontecendo" e sancionar Moscou. "Não podemos repetir esse erro", afirmou.
O primeiro-ministro, que viajou em abril à capital Kiev, elogiou a resistência dos ucranianos, que repeliram as forças russas "das portas de Kiev" e "não apenas realizaram o maior feito militar do século XXI", mas também "expuseram a loucura histórica do [presidente russo Vladimir] Putin".
"Vocês destruíram o mito da invencibilidade de Putin e escreveram um dos capítulos mais gloriosos da história militar e de vida de seu país", destacou.