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EUA enviará navio e aviões aos Emirados Árabes após ataques de rebeldes do Iêmen

O governo dos Estados Unidos enviará um navio de guerra e aviões de combate para apoiar os Emirados Árabes Unidos (EAU), após uma série de ataques com mísseis dos rebeldes do Iêmen.

O anúncio do envio dos equipamentos bélicos – sem uma data definida – para "auxiliar EAU contra a ameaça" aconteceu após uma conversa telefônica entre o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, e o príncipe herdeiro dos Emirados, Mohamed bin Zayed Al Nahyan, informa um comunicado divulgado pela embaixada americana em Dubai.

EAU integra a coalizão liderada pela Arábia Saudita que luta contra os rebeldes huthis do Iêmen – que são apoiados pelo Irã – e em janeiro sofreu três ataques com mísseis. O primeiro deles matou três trabalhadores do setor petroleiro.

O segundo ataque atingiu a base aérea Al Dhafra, onde estão as forças americanas, que utilizaram interceptores Patriot para derrubar os mísseis.

O terceiro ataque aconteceu na segunda-feira, quando os mísseis foram interceptados durante a visita do presidente de Israel, Isaac Herzog, aos Emirados Árabes Unidos.

O navio USS Cole, um destróier de mísseis guiados, trabalhará com a Marinha dos EAU e ficará baseado no porto de Abu Dhabi, segundo o comunicado.

O governo dos Estados Unidos também enviará caças de quinta geração, ao mesmo tempo que continuará a "fornecer informações de alerta antecipado", acrescentou.

Os ataques rebeldes abriram uma nova frente na guerra de sete anos do Iêmen, que deixou centenas de milhares de mortos, direta ou indiretamente, e milhões de deslocados.

Washington, que apoia a coalizão no Iêmen, deseja que o envio dos equipamentos atue como "um sinal claro de que o governo dos Estados Unidos respalda os EAU como um sócio estratégico", destaca o comunicado.

Os ataques rebeldes aumentaram as tensões no Golfo, no momento em que as negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano encontram dificuldades, o que eleva os preços do petróleo.

Os huthis começaram a atacar os Emirados Árabes Unidos após uma série de derrotas no Iêmen para a milícia Brigadas Gigantes, treinadas pelos Emirados.

A guerra civil do Iêmen começou em 2014, quando os huthis tomaram a capital Sanaa, o que motivou a intervenção da coalizão internacional.

Ao longo dos mais de sete anos de conflito, todos os atos foram acusados de "crimes de guerra" pela ONU. A coalizão reconheceu "erros", mas acusou os rebeldes de usar civis como escudos humanos.

O conflito deixou 377.000 mortos, segundo a ONU, e deixou milhões de pessoas à beira da fome, no que é considerada a pior crise humanitária do mundo.

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