Supostos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) patrulhavam perto da fronteira da Colômbia com a Venezuela, apesar do grande destacamento militar nesta região de conflitos, segundo fotografias interpretadas pelas autoridades como um "desafio".
Nas imagens divulgadas nas redes sociais, vê-se vários homens com fuzis e braçadeiras do ELN a caminho de uma cidade do departamento de Arauca, para onde o presidente Iván Duque viajou no domingo para liderar um conselho de segurança.
Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa, Diego Molano, disse que se tratava de "uma ação de um grupo de redes de apoio do ELN para tentar deslegitimar a ação" da força pública.
"Eles saíram, ficaram lá por um período de tempo enquanto o exército reagia", afirmou Molano à rádio Caracol, descrevendo o incidente como um "desafio".
Duque, por sua vez, disse no Twitter que as fotos foram tiradas em La Esmeralda, uma aldeia no município de Arauquita, e mostram os rebeldes fazendo "propaganda armada".
O presidente conservador estava reunido com autoridades e comandantes militares a cerca de 120 quilômetros do local.
Essa região fronteiriça com a Venezuela tem sido palco de constantes ataques de guerrilha contra o exército e a polícia, além de confrontos entre rebeldes.
No início de 2022, integrantes do ELN e ex-combatentes das Farc que não assinaram o acordo de paz em 2016 entraram em confronto em quatro municípios de Arauca. Quase 30 pessoas morreram e centenas foram deslocadas ao fugir dos conflitos, segundo dados oficiais.
Desde então, o governo mobilizou cerca de 1.300 soldados, que se juntaram aos mais de 5.600 homens e mulheres que já operavam na área.
O ELN, última guerrilha conhecida no país, tem 2.450 combatentes, de acordo com a organização independente Indepaz. Uma de suas principais frentes está presente na fronteira com a Venezuela.
Em 2021, Duque foi alvo de um ataque de supostos rebeldes contra o helicóptero no qual viajava para outro departamento de fronteira, supostamente planejado a partir do país vizinho.