A Base Industrial de Defesa (BID) brasileira atingiu no mês de novembro de 2021 um novo recorde histórico, superando 1,5 bilhão de dólares na comercialização de produtos de defesa para o exterior (Gráfico 1). A meta do Ministério da Defesa é fechar o ano com a soma de 2 bilhões de dólares em exportações.
Os dados mais recentes da BID brasileira foram anunciados, nesta quarta-feira (8), pelo ministro da Defesa, Braga Netto, durante a realização do painel Base Industrial de Defesa: Proteção, desenvolvimento e geração de empregos, promovido pelo Ministério da Defesa.
O evento integra a programação da mostra BID Brasil 2021, promovida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), entre os dias 7 e 9 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).
(Gráfico 1)
Resultado no PIB – O segmento de Defesa e Segurança gera, atualmente, no Brasil 2,9 milhões de empregos, sendo 1,6 milhão diretos e 1,3 milhão indiretos.
De acordo com estudo realizado este ano pela Federação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a participação da Base Industrial de Defesa no PIB nacional cresceu mais de 8% no biênio.
2019-2020 em relação a 2018, representando, atualmente, 4,78% do PIB nacional (Gráfico 2). Conforme o estudo, a taxa de crescimento da BID superou, em 2020, a de setores tradicionais da economia brasileira como a construção civil, a agricultura e a extração de petróleo.
(Gráfico 2)
Segundo o ministro da Defesa, Braga Netto, o fortalecimento da BID brasileira é uma prioridade do Ministério da Defesa e um importante vetor para a recuperação da economia brasileira no período de pandemia. “Os resultados mostram que estamos no caminho certo.
A Base Industrial de Defesa brasileira vem se desenvolvendo de maneira sólida, com a diversificação de produtos, e mostra plena capacidade de desenvolver os projetos estratégicos das Forças Armadas, a fim de que elas possam cumprir adequadamente as suas missões constitucionais”, afirma Braga Netto.
O setor nacional de defesa possui 146 empresas cadastradas no Ministério da Defesa. O portfólio brasileiro é composto por aeronaves, embarcações, ferramentas cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação, armamento, entre outros itens de alta tecnologia.
Para o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa (Seprod/MD), Marcos Degaut, o Governo Federal tem atuado para otimizar o desenvolvimento do setor. "Esse crescimento é fruto de um meticuloso planejamento estratégico elaborado pelo Ministério da Defesa, em articulação com a Base Industrial, as associações representativas do setor, o Ministério das Relações Exteriores e a APEX. O resultado que estamos observando é a grande geração de renda, empregos, atração de investimentos externos e fomento à tecnologia dual, com benefícios para toda a sociedade brasileira", destacou.
Além do Ministério da Defesa, participam do Painel representantes da ABIMDE, da Apex, do BNDES, da CNI, parlamentares, empresários e delegações estrangeiras.