A Rússia disse nesta terça-feira que realizou um teste de armas que visou um satélite russo antigo "com precisão milimétrica" e negou alegações dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) segundo as quais o teste foi perigoso para objetos espaciais em órbita.
Autoridades dos EUA disseram que o teste de segunda-feira criou um campo de detritos na órbita baixa da Terra que colocou em perigo a Estação Espacial Internacional (EEI) e que representará um risco às atividades espaciais durante anos.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que o teste foi irresponsável, representou uma ameaça à EEI e a um equipamento chinês em órbita e mostrou que a Rússia está desenvolvendo novos sistemas de armas. Um porta-voz do governo britânico criticou o teste e pediu que Moscou participe de discussões na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre "comportamento responsável quando se trata do espaço".
O Ministério da Defesa russo disse que os detritos do teste não representaram uma ameaça à EEI e que os EUA sabem disto.
"Nós de fato testamos com sucesso um sistema promissor. Ele atingiu o satélite antigo com precisão milimétrica. Os fragmentos que se formaram não representam uma ameaça à atividade espacial", disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, segundo citação da agência de notícias RIA.
O alvo foi a Tselina-D, um satélite desativado que estava em órbita desde 1982, informou a pasta em um comunicado.
O ministério disse ainda que EUA, China e Índia realizaram testes similares no passado.