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Coreia do Norte confirma lançamento de míssil a partir de submarino

A Coreia do Norte anunciou que fez um lançamento teste de um novo míssil balístico a partir de um submarino, informou a imprensa estatal nesta quarta-feira (horário local), um dia após as autoridades na Coreia do Sul e no Japão detectarem o que parecia ser um teste de armamentos.

O Exército da Coreia do Sul disse na terça-feira que acredita que a Coreia do Norte tenha lançado um míssil balístico por submarino (SLBM) a partir de seu litoral, o último em uma série de testes de mísseis norte-coreanos.

O novo tipo de SLBM foi lançado a partir do mesmo submarino envolvido em um teste de um SLBM mais antigo em 2016, segundo a agência estatal de notícias da Coreia do Norte, a KCNA.

Analistas notaram que as fotos divulgadas pela KCNA pareciam mostrar um míssil mais fino que os SLBM anteriores, o que significa que mais mísseis –mas com menor alcance– podem ser armazenados em um único submarino, o que potencialmente coloca a Coreia do Norte mais próxima de ter um submarino operacional com mísseis balísticos.

"O novo tipo de SLBM, no qual muitas tecnologias avançadas de controle, incluindo mobilidade de flancos e mobilidade de planeio e salto são introduzidas, irá contribuir de maneira expressiva para colocar a tecnologia de defesa do país em um alto nível e para aumentar a capacidade operacional submarina de nossa marinha", disse a KCNA.

A presença do líder norte-coreano, Kim Jong Un, não foi reportada no teste. O míssil foi lançado a partir do mar na região de Sinpo, onde a Coreia do Norte mantém submarinos e equipamentos para testar lançamentos de SLBMs, segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Coreia do Norte testa 'novo tipo de míssil' lançado por submarino'¹

A Coreia do Norte testou com sucesso "um novo tipo" de míssil balístico lançado por submarino, reportou a imprensa estatal nesta quarta-feira (noite de terça no Brasil), no momento em que aquele país busca armas cada vez mais avançadas.

O míssil é dotado de "muitas tecnologias avançadas de controle e orientação", segundo a agência oficial de notícias coreana KCNA, e foi lançado da mesma embarcação usada pelo país em seu primeiro teste com um míssil balístico estratégico mar-terra (SLBM) há cinco anos.

A agência não mencionou o governante Kim Jong Un, um sinal de que ele não estava presente no teste. Imagens publicadas pelo jornal do regime, Rodong Sinmun, mostravam o míssil nas cores branca e preta emergindo da água com um submarino na superfície.

A capacidade para lançar um míssil a partir de um submarino levaria o arsenal de Pyongyang para um novo nível, permitindo aos norte-coreanos posicionar ogivas muito além da península coreana. Contudo, o uso do mesmo submarino "8.24 Yongung", que foi utilizado há cinco anos, indica que o país avançou pouco em suas capacidades de lançamento.

Segundo uma análise de 2018 da ONG Iniciativa de Ameaça Nuclear, a embarcação experimental "parece capaz de disparar apenas um míssil balístico" e deve emergir a cada determinado número de dias, limitando sua utilidade operacional.

O Pentágono e especialistas afirmam que o último teste de míssil lançado de um submarino, em 2019, poderia ter sido disparado de uma plataforma submersa.

O teste desta quarta-feira, realizado nas imediações de Sinpo, sede de um grande estaleiro, foi feito no momento em que as duas Coreias embarcam em uma possível corrida armamentista, enquanto o diálogo entre Washington e Pyongyang continua paralisado.

Washington, Seul e Tóquio condenaram o lançamento do míssil, que percorreu cerca de 590 km a uma altitude máxima de 60 km, informou uma fonte sul-coreana à AFP.

A Casa Branca enfatizou que a ação representa uma ameaça que ressalta a necessidade urgente de um diálogo com Pyongyang. A porta-voz americana, Jen Psaki, afirmou que a oferta feita por Washington de se reunir "em qualquer lugar, a qualquer momento e sem condições" com Pyongyang continua válida.

Após o anúncio do novo teste, o Conselho de Segurança da ONU decidiu realizar uma reunião de emergência a portas fechadas sobre a Coreia do Norte nesta quarta-feira, informaram diplomatas à AFP. A sessão, que será realizada à tarde, foi solicitada pelo Reino Unido e Estados Unidos. Posteriormente, a França se somou à solicitação, assegurou um diplomata.

Resoluções do Conselho de Segurança proíbem a Coreia do Norte de desenvolver armas nucleares e balísticas. Pyongyang alega que precisa de seu arsenal para se defender de uma possível invasão americana.

Mais cedo nesta terça-feira, o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, cujo país tem se mostrado frequentemente um apoiador de Pyongyang, se negou a responder aos jornalistas que lhe perguntaram sobre o exercício norte-coreano.

O embaixador adjunto da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy, havia alertado contra precipitações. "Precisamos encontrar mais informação" sobre este disparo porque as interpretações dos eventos na Coreia do Norte "sempre foram contraditórias", afirmou. O disparo "pode vir de qualquer parte. Só temos informação da imprensa e eu não confio muito neles, precisamos de uma avaliação especializada", acrescentou o diplomata russo.

¹com AFP

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