EMAER E Major Oliveira Lima
A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, de 20 a 24 de setembro de 2021, do Curso Piloto de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento das Nações Unidas, realizado no Centro Regional de Serviço das Nações Unidas (UNRSCE) em Entebbe, Uganda. O evento demandado pelo Departamento de Operações de Paz da ONU (DPO), sob coordenação do seu Serviço de Treinamento Integrado (ITS), teve início em março de 2021 com a criação de um grupo de trabalho formado por 35 militares de 16 países, sendo quatro brasileiros, um da Marinha, dois do Exército e um da Força Aérea Brasileira.
O objetivo final do grupo focou no assessoramento à ONU para a produção de Material de Treinamento Especializado, que visa preparar as tropas de Paz em um assunto específico, podendo ser ministrado antes ou durante o desdobramento de pessoal.
Nesse caso, o foco foi a produção de um curso que aborda o conteúdo do Manual para Pessoal de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento em Missões de Paz das Nações Unidas (UN Peacekeeping-Intelligence, Surveillance and Reconnaissance Staff Handbook), e que possa ser disponibilizado no formato online para os países contribuintes interessados em capacitar seus efetivos.
A primeira parte do trabalho (março a setembro de 2021) visou à produção do material didático para as aulas (apresentações e notas para os instrutores). Nesse período, foram definidos o conteúdo programático, a quantidade de tópicos, a ordem das aulas e o formato/conteúdo do exercício prático a ser aplicado. Na segunda fase do trabalho (20 a 24 setembro), no período da manhã, o curso foi apresentado para os especialistas no formato de aulas, e pela tarde, havia um trabalho de grupo para reunir críticas sobre o conteúdo.
O Adjunto da Seção de Planejamento de Operações de Paz da Seção de Sistemas de Cooperação Internacional do EMAER (2SC5), Coronel Aviador Luís Eduardo Pombo Celles Cordeiro, participou do curso e detalhou sobre a experiência. “A participação da FAB no Curso Piloto de ISR da ONU representa a materialização de alguns meses de trabalho combinado, no qual militares brasileiros e de nações amigas puderam trabalhar para apresentar um produto que será disponibilizado para todos os países que contribuem para as Missões de Paz, visando melhorar a capacitação das tropas. Poder participar desse processo é importante para a Força Aérea, pois, ao trocar experiências, podemos demonstrar nossas capacidades e aprender atuar em eventuais cenários sob a égide das Nações Unidas", finaliza.