ACS – Base Aérea de Anapolis (BAAN) – Major Oliveira Lima
Tripulantes da Força Aérea Portuguesa (FAP) iniciaram, na sexta-feira passada (8), na Base Aérea de Anápolis (BAAN), em Goiás (GO), os voos da fase básica na aeronave KC-390 Millennium. Esta etapa é resultado de um acordo bilateral, entre Brasil e Portugal, firmado pela Força Aérea Brasileira (FAB), em que é feita a ambientação à pilotagem da aeronave multimissão, realizando voos locais com exercícios básicos e procedimentos de voo por instrumentos.
O evento contou com a presença do Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, do adido de Defesa de Portugal no Brasil, CMG Manuel Francisco Silveirinha Canané, que foram recebidos pelo Comandante da Ala 2, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez.
O Coordenador Operacional do Projeto KC-390 na FAP, Tenente-Coronel Paulo Martins, recebeu a primeira instrução aérea ministrada pelo Chefe do Estado-Maior da Ala 2, Tenente-Coronel Aviador Luiz Fernando Rezende Ferraz. Esta fase possui duração prevista de quatro semanas e, ao final, os alunos iniciarão a fase de voos em rota, a qual contará com voos de maior duração e pousos nas cinco regiões do Brasil, realizando o treinamento de Transporte Aéreo Logístico.
O Embaixador de Portugal manifestou a satisfação sobre as atividades na Força Aérea Brasileira. “Demonstro meu grande apreço pelo modo como nossa tripulação tem sido acolhida pela parte brasileira. Ressalto a cooperação excelente existente entre nossos países, entre as nossas Forças Aéreas e entre as nossas indústrias de Defesa. O que é muito bem corporizado, tendo, por exemplo, a parceria fantástica entre Embraer e OGMA. Parabenizo aos nossos pilotos e tripulação que efetuaram seu primeiro voo, e em nome da Embaixada de Portugal agradeço as autoridades brasileiras. Por fim, desejo que o KC-390 seja um sucesso em qualquer força que seja utilizado”, destaca.
Já o Comandante da Guarnição de Aeronáutica de Anápolis, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez, comentou sobre o momento. “É uma satisfação poder entregar à Força Aérea Portuguesa militares capacitados a operarem de forma segura e eficiente a aeronave multimissão brasileira KC-390 Millennium. Que essa aquisição dê um suporte de grande valia nas Operações Aéreas Militares de Portugal e estreite ainda mais os laços de amizade e parceria entre os dois países", finaliza o Oficial.
KC-390 Millennium realiza transporte de veículos pesados¹
A aeronave multimissão da Força Aérea Brasileira (FAB), KC-390 Millennium, realiza o transporte de veículos pesados de obras desde o dia 2 de outubro. Além disso, pousou pela primeira vez na pista de Estirão do Equador, no Amazonas (AM), fronteira com o Peru. São transportados caminhões, escavadeiras, motoniveladoras, autoconcreteiras, além de outros equipamentos, que chegam as 76,5 toneladas em carga.
A missão ocorre em apoio a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) e é coordenada pelo Centro Conjunto de Operações Aéreas (CCOA) do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). O Vice-Presidente da COMARA e Coordenador do Apoio Aéreo nesta missão, Coronel Aviador Mário Jorge Siqueira Oliveira, explica que após diversas articulações com o Esquadrão Zeus, de Anápolis (GO) e a COMARA, chegaram a um planejamento que foi cumprido à risca. “Tivemos que desmontar a retroescavadeira, em Coari (AM), e realizar treinamento para colocá-la dentro da aeronave, de modo que desse tudo certo. Mesmo assim, foram quatro horas de análises e tentativas”, explica o Oficial.
Os equipamentos transportadores serão usados para a continuidade das obras que a COMARA realiza na região Amazônica, que atua na projeção, construção e recuperação de aeroportos em regiões inóspitas e de difícil acesso na Amazônia Legal e em outras regiões do País.
Missão do Esquadrão Zeus
O transporte dos equipamentos foi feito pela tripulação do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), Esquadrão Zeus, de Anápolis (GO), quando decolaram no dia 2 de outubro, e pousaram em Coari, no dia 3 de outubro, para o embarque da carga. Antes do destino final, em Estirão do Equador, foi preciso realizar um pouso técnico em Tefé, para abastecimento.
O carregamento da carga na aeronave FAB 2856 foi considerado pela tripulação de extrema dificuldade por se tratar de um equipamento que nunca foi embarcado em avião da FAB, cujas dimensões eram limítrofes em relação ao compartimento de carga. “Além disso, por se tratar de um veículo com pouca possibilidade de manobra, o procedimento de carregamento permitia pouca margem para erro, o que significou um grande desafio para os Loadmasters (mestres de carga)”, explica o piloto do 1º GTT, Major Aviador Renan Pacheco Pereira.
¹Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Letícia Faria Edição: Agência Força Aérea – Revisão: Major Oliveira Lima- Fotos: COMARA e Fotos: Soldado José Garcia/ACS BAAN