No dia 19 de julho, iniciaram-se as atividades operacionais relativas à certificação da Força de Prontidão da 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª Bda Inf Sl) para compor o Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre.
O exercício iniciado no dia 19, no município do Cantá (RR), corresponde à simulação viva, considerada a mais significativa das subfases da certificação. No exercício, os avaliadores e uma força oponente simulada, valendo-se de dispositivos de simulação de engajamento tático (DSET) aplicados em ambos os contendores, avaliarão a performance de todos os participantes, devendo concluir, ao final, se toda a tropa está apta. A certificação ocorre quando essa aptidão é alcançada e confirmada.
O término do exercício representará, para a 1ª Brigada de Infantaria de Selva, o início da fase de prontidão, além de agregar mais capacidades à brigada que é detentora do maior poder de fogo da Amazônia Ocidental e responsável pela manutenção da soberania nacional na região localizada mais ao extremo norte do País.
A FORPRON da 1ª Brigada de Infantaria de Selva – FORPRON Lobo D’Almada – é composta por tropas do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel), do Comando de Fronteira Roraima/7º Batalhão de Infantaria de Selva, do 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva, do 1º Batalhão Logístico de Selva, do 12º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, do 1º Pelotão de Comunicações de Selva, do Posto Médico da Guarnição de Boa Vista, do 32º Pelotão de Polícia do Exército, do 6º Batalhão de Engenharia de Construção, do 54º Batalhão de Infantaria de Selva, do 4º Batalhão de Aviação de Exército, do 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva e do 1º Batalhão Comunicações de Selva, perfazendo o efetivo total de 974 militares.
Quanto ao material empregado, destacam-se o radar SABER M60, o míssil Igla, os obuseiros L118 Light Gun, o morteiro 81mm RO, o canhão Carl Gustaf 84mm. Foram utilizadas, ainda, 83 viaturas, entre leves e pesadas, além das aeronaves do 4º Batalhão de Aviação do Exército, bem como equipamentos do Projeto Combatente Brasileiro (COBRA) em parte da tropa.
O Sistema de Prontidão (SISPRON)
O SISPRON objetiva, em síntese, implantar uma metodologia de preparação de grandes efetivos para, mediante rodízio, manter ininterruptamente tropas habilitadas ao cumprimento de todas as missões constitucionais, com destaque para a defesa externa e a salvaguarda de interesses brasileiros no exterior, além das missões subsidiárias habituais.
As Forças de Prontidão (FORPRON), componentes do SISPRON, destinar-se-ão, prioritariamente, a atender às hipóteses de emprego em território nacional que privilegiem a atuação preponderante da Força Terrestre em ações voltadas à defesa externa. Deverão, ainda, ter condições de atuar em situações de não guerra.
A Força de Prontidão deverá atingir, ao término de seu ciclo de preparo completo, o denominado estado de prontidão operacional. A prontidão operacional deve ser entendida como uma situação em que tropas selecionadas, adestradas e certificadas, permanecerão em condições de, ao serem acionadas, reunir-se, aprestar-se e deslocar-se para uma área de atuação definida em prazo limite, a ser determinado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER).