O presidente americano, Joe Biden, antecipou nesta segunda-feira, em Bruxelas, que irá dizer na próxima quarta-feira a seu par russo, Vladimir Putin, quando os dois se encontrarem na Suíça, quais são as "linhas vermelhas" que o mesmo não deve ultrapassar.
"É nosso interesse comum e do interesse do mundo que cooperemos. E veremos se podemos fazê-lo. E nas áreas em que não estivermos de acordo, deixar claro para ele quais são as linhas vermelhas", disse Biden durante entrevista coletiva.
Após participar hoje da reunião de cúpula da OTAN, Biden irá protagonizar amanhã um encontro com os líderes máximos das instituições europeias. No fim do dia, viajará a Genebra para a reunião com Putin.
Em entrevista coletiva na sede da OTAN, Biden disse que o líder russo é um homem "inteligente" e "duro", mas assinalou que ele deveria entender que se o opositor Alexei Navalny morrer na prisão, isso seria "uma tragédia". Biden também prometeu que defenderá a "integridade territorial" da Ucrânia e condenou as "ações agressivas" da Rússia, que, em 2014, anexou ao seu território a península da Crimeia.
"Não busco um conflito com a Rússia, mas responderemos se a Rússia continuar com suas atividades nocivas", disse o presidente americano, que reafirmou seu "apoio continuado à soberania e à integridade territorial da Ucrânia".
"Faremos o possível para que a Ucrânia consiga resistir à agressão". Biden, no entanto, afastou a pretensão do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, de obter seu apoio para uma incorporação rápida da Ucrânia à OTAN, assinalando que esse passo não depende dos Estados Unidos, e sim dos 30 membros da organização.