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Ministro da Defesa acompanha atividades da Operação Ágata Amazônia de combate a delitos transfronteiriços

Mariana Alvarenga

Combater ilícitos nas fronteiras marítima, terrestre e aérea também é tarefa das Forças Armadas. Em parceria com Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF), está em curso a Operação Ágata Amazônia. O Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, esteve em Tabatinga para acompanhar a missão, na quinta (06) e sexta-feira (07).

Desde segunda-feira (03), cerca de 600 militares atuam em ações preventivas e repressivas contra crimes como de contrabando, descaminho e narcotráfico. "É uma oportunidade ver de perto o trabalho realizado aqui, de segurança das fronteiras. Trabalhamos também para que todas as necessidade de operacionalidade deles seja atendida", disse Braga Netto, ao término da visita.

A Operação Ágata é coordenada pelo Comando Conjunto Operação Ágata Amazônia, com a participação de três Comandos Militares. São eles: o 9° Distrito Naval, da Marinha, o Comando Militar da Amazônia, do Exército, e o Comando Aéreo Amazônico, da Força Aérea Brasileira.

Localidade

O município de Tabatinga localiza-se na Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, região da Amazônia Ocidental. O município faz fronteira com a colombiana Letícia. Os arredores das duas cidades irmãs são caracterizados pela predominância da floresta e de rios, por onde ocorre a maior parte do trânsito das pessoas. Devido à essa geografia, com poucas vias terrestres, a atuação dos militares e integrantes da OSPF na Operação Ágata Amazônia concentra-se ao longo dos rios Solimões, Içá e Japurá.

O Comandante do 9° Distrito Naval, Vice-Almirante Ralph Dias, enfatizou as quatro capacidades das Forças Armadas: capilaridade, caracterizada pela presença nos mais diversos locais do país; comando e controle, que coordena as atribuições; mobilidade; e poder de comunicação. "Com a Ágata conjunta, as Forças trabalham de forma integrada. Esse trabalho faz com que se aumente a sensação de segurança do cidadão que mora na fronteira", assegurou.

"Nós empregamos ferryboats, embarcação de combate, lanchas e barcos menores de alumínio chamados voadeiras. Esses meios possibilitam segurança para realizar o patrulhamento e deslocamento mais rápido", explicou o Comandante do 8° Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), Coronel Robson Moraes.

Os militares são constantemente treinados para missões como essa. O Comandante da 16° Brigada de Infantaria de Selva, General de Brigada Marcius Cardoso Netto, frisou que o trabalho desempenhado "visa não só o combate a ilícitos transfronteiriços, como também defender e proteger a Amazônia".

O Comandante do Comando Aéreo Amazônico, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Magarão, destacou que os desafios tão grandes quanto as dimensões continentais da região. "Para realizar o patrulhamento aéreo, utilizamos radares do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) e a atuação de militares do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA). Eles identificam alvos suspeitos e, a partir daí, as aeronaves de defesa aérea são acionadas para interceptação dos alvos ilícitos" explicou.

Ele reiterou que quanto mais operações conjuntas são realizadas, melhor é a organização entre as Forças Singulares e as agências de segurança pública. "A Força Aérea, quando executa uma ação de interceptação a uma aeronave não autorizada, depende do apoio em solo da Polícia Federal para dar continuidade à ação repressiva", disse ele.

O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA), Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho, enfatizou que a visita do Ministro e de autoridades da Defesa é "significativa para a tropa identificar a preocupação do Ministério da Defesa com a operação, ver o planejamento sendo executado e os resultados que estão sendo obtidos".

A comitiva do Ministério da Defesa passou pela Capitania Fluvial de Tabatinga, organização militar da Marinha responsável pela segurança do tráfego aquaviário, que emprega meios e pessoal na Operação Ágata. Na oportunidade, estiveram também no Navio-Patrulha Fluvial Raposo Tavares, um dos meios de transporte dessa missão. Os militares ainda foram ao 8° Batalhão de Infantaria de Selva, onde verificaram as instalações.

Ele informou ainda que esse trabalho é realizado em aproveitamento de parte dos meios empregados para o combate a ilícitos nas fronteiras. Os profissionais de saúde são militares do Hospital de Guarnição de Tabatinga, do Exército, e da Policlínica Naval de Manaus, da Marinha.

A Operação

A Operação Ágata foi criada, em 2011, para intensificar a presença do Estado nas faixas de fronteira em integração com órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a cooperação técnica e de inteligência e de logística entre os envolvidos. O trabalho conjunto aperfeiçoa as ações contra os ilícitos nas fronteiras, inclusive combate os crimes ambientais, reforça o sentimento de nacionalismo e a Defesa da Pátria nessas regiões sensíveis.

Desde 2017, a Ágata tem novo formato de atuação. Antes, era desencadeada em nível nacional e simultaneamente em todas as fronteiras brasileiras. Hoje são pontuais, sem datas previstas para ocorrer e sem prazo determinado. 

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