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Ministério da Defesa conta com mais de 34 mil mulheres em seus quadros

Isabela Nóbrega e Viviane Oliveira

Hoje, 8 de Março, o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher. Atualmente, 33.960 brasileiras integram as Forças Armadas. Na Marinha, são 8.413 militares, o que representa um crescimento de 4,2% no último ano. O Exército soma 13.009 mulheres no quadro, sendo um aumento de 6,42% entre os anos de 2019 e 2020 e de 11% no período de 2020 para 2021.

Na Força Aérea Brasileira (FAB), são 12.538, total que representa 19,23% do efetivo geral. Já na Administração Central do Ministério da Defesa, são 482 mulheres, entre servidoras civis, militares, terceirizadas e estagiárias que trabalham na Pasta.

O ingresso no quadro permanente teve início em 1980, por iniciativa da Marinha, que criou o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM). Em 1982, foi a vez delas vestirem a farda azul. A FAB formou suas duas primeiras turmas de oficiais em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No Exército, elas ingressaram em 1992, mediante concurso público para formação da primeira turma feminina da Escola de Formação Complementar do Exército, em Salvador.

Na Administração Central do Ministério da Defesa, Maria do Carmo Cesario Rocha integra o time de mulheres que trabalham a serviço da Pasta. "Quando cheguei em Brasília, eu não me via trabalhando em um órgão público tão importante. Eu recebi essa oportunidade. Iniciei como auxiliar de limpeza e, em 2014, fui promovida à garçonete. Eu me sinto muito valorizada pelo que eu faço", assegurou. Maria do Carmo trabalha nas dependências da Defesa há 12 anos e atualmente presta serviço no gabinete da Secretaria de Orçamento e Organização Institucional.

Presença feminina

A Capitão de Fragata Carla Daniel entrou na Marinha há 23 anos e conta que o principal desafio é quebrar barreiras para alcançar posições majoritariamente masculinas. “Isso vem gradualmente ocorrendo, mas não será algo tão rápido dado à natureza da carreira militar. Os interstícios entre um posto e outro são bem longos”, afirma. A Comandante foi a primeira militar brasileira embarcada na Força-Tarefa Militar UNIFIL e a primeira no Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas, com sede em Nova York.

Há 25 anos, a Coronel Médica Carla Clausi contribui em diversas missões humanitárias e foi a primeira mulher a assumir uma diretoria hospitalar da Força. Desde o ano passado, ela reforça a equipe de enfrentamento à pandemia de coronavírus, na Operação Covid-19, como coordenadora médica das 16 missões interministeriais de apoio a comunidades indígenas. “As Forças Armadas apoiam tanto órgãos parceiros quanto à população contribuindo para levar atendimento a localidades de difícil acesso", destaca.

A Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, que serve na FAB há 30 anos, tornou-se a primeira Oficial General da Força e para ela esse foi o marco da sua carreira. “Em 2020, eu tive o privilégio de ser a primeira mulher a ascender a esse cargo. Tal escolha qualifica e consolida a minha trajetória de trabalho árduo, com comprometimento e com dedicação e, destaco, com amor. Eu percebo que os valores fundamentais da vida militar contribuem diretamente para o acolhimento das mulheres”, conta.

As brasileiras, a partir dos 18 anos, podem se alistar voluntariamente para o serviço temporário na Forças Armadas. Para as que querem seguir carreira, o ingresso é mediante concurso público. As oportunidades são descritas nos sites de cada Força.

Fotos: Divulgação

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