Os Estados Unidos e a Europa acusaram nesta quinta-feira (11) a Rússia de bloquear qualquer solução para o conflito no leste da Ucrânia.
As declarações foram feitas durante uma videoconferência do Conselho de Segurança da ONU convocada por Moscou para marcar o sexto aniversário dos chamados acordos de Minsk II, assinados em fevereiro de 2015 para encerrar a guerra na região do Donbass.
"A Rússia deve cessar imediatamente sua agressão no leste da Ucrânia e acabar com a ocupação da Crimeia", disse o diplomata americano Rodney Hunter.
"Pedimos à Rússia que retire suas forças da Ucrânia, cesse seu apoio a seus representantes e outros grupos armados e implemente todos os compromissos assumidos sob os acordos de Minsk".
Os membros europeus do Conselho de Segurança, assim como a Alemanha, que juntamente com a França co-patrocinou os acordos de Minsk entre Moscou e Kiev, emitiram uma declaração conjunta condenando a instabilidade em curso nas regiões de Donetsk e Luhansk.
"Ao usar a força contra a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, a Rússia está claramente violando os princípios fundamentais do direito internacional", afirma o comunicado.
Desde 2014, a Ucrânia está envolvida em uma guerra com separatistas pró-russos, um conflito precedido pela anexação russa da península da Crimeia.
A guerra causou mais de 13.000 mortes e quase 1,5 milhão de deslocados desde sua eclosão.
Os acordos de paz assinados em Minsk em 2015 permitiram uma redução considerável da violência, mas a resolução política do conflito não avançou desde então.