Nota DefesaNet
Texto em inglês
Culminating – Brazilian, U.S. military leaders emphasize partnerships at JRTC Link
O Editor
Donald Sparks
US Army
9 Fevereiro 2021
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi o único país sul-americano a contribuir com tropas para a causa aliada e, 75 anos depois, o Exército Brasileiro voltou a se destacar com as forças norte-americanas como a primeira Força Militar sul-americana a treinar no Joint Readiness Training Center (JRTC), Fort Polk, Louisiana.
Líderes militares dos EUA, incluindo Almirante Craig S. Faller, comandante do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), General Michael X. Garrett, comandante do Comando US Army Forces Comman, Major-general Daniel R. Walrath, Comandante do US Army South e major-general Christopher Donahue , Comandante da 82ª Divisão Aerotransportada, reuniram-se com altos líderes militares brasileiros, nos dias 1 e 2 de fevereiro, no JRTC e realizaram importantes reuniões com líderes militares brasileiros marcando a importância do exercício de treinamento bilateral.
“A presença e a participação dessa companhia aerotransportada brasileira em um dos centros de treinamento de combate do Exército representa a primeira vez que tivemos um exército parceiro da América do Sul participando de uma dessas rotações”, disse Walrath. “Esta é uma continuidade de 75 anos de história juntos, certamente um marco histórico, que vemos como apenas uma continuação de nossa parceria cada vez maior.”
O Gen Brig Daniel R. Walrath, comandante geral do Exército Sul, esquerda, e o General-de-Brigada Marcos de Sá Affonso da Costa, chefe de treinamento do Comando de Treinamento das Forças Terrestres do Exército Brasileiro, firmam acordo técnico entre o Exército Brasileiro e o Exército dos EUA representado pelo Exército do Sul (US Army South), com relação à participação brasileira em exercícios de treinamento combinado em conjunto com o Joint Readiness Training Center Rotation 21-04, em Fort Polk, Louisiana, 1º de fevereiro.
A participação do Brazilian Army ou Exército Brasileiro (EB), no JRTC, é o evento Culminante de um plano de cinco anos desenvolvido entre o EB e o Exército Sul dos EUA durante as Conversas de Estado-Maior entre Exército-Exército. O Programa de agenda de Staff Talks promove esforços bilaterais para desenvolver parcerias profissionais e aumentar a interação entre os Exércitos das nações parceiras.
“Estou orgulhoso do compromisso de longo prazo do US Army South e do Exército Brasileiro de coordenação e preparação para este exercício nos últimos quatro anos”, disse Walrath. “Também estou orgulhoso de ver nossos parceiros do Exército Brasileiro alcançarem a primeira participação de um exército sul-americano em um centro de treinamento de combate dos EUA.”
Os líderes militares brasileiros receberam um briefing de missão e capacidades do JRTC, um sobrevoo pela área de treinamento conhecida como "a caixa", onde os soldados são expostos a condições e situações para lutar contra uma força inimiga, e observaram uma operação aérea de linha estática noturna pela 82ª Divisão Aerotransportada para a área de treinamento.
“O ambiente de treinamento no JRTC é incomparável a qualquer centro de treinamento de outro país – a única coisa mais difícil é o combate real”, disse Walrath. “A parceria com o US Army oferece as melhores oportunidades para aumentar a prontidão e a interoperabilidade para enfrentar os desafios de segurança compartilhados.”
Ao solidificar a parceria entre o US Army South e o Exército Brasileiro, Walrath e o General-de-Brigada Marcos de Sá Affonso da Costa, chefe de treinamento do Comando de Treinamento das Forças Terrestres do Exército Brasileiro, assinaram um acordo técnico (não vinculativo), que prevê deveres e responsabilidades das unidades participantes ao longo da duração da rotação JRTC.
Tropas da 82ª Div Aerotransportada e da Cia Culminating e Observador do CA-Leste Foto US Army
“Primeiro, nossa participação resgata a história e as tradições dos paraquedistas no Brasil, pois foi aqui (Estados Unidos) que nossos pioneiros vieram na década de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, para aprender sobre técnicas aerotransportadas e introduzir a atividade aerotransportada no Brasil”, disse da Costa . “O retorno dos paraquedistas aos Estados Unidos, aqui no JRTC, é sem dúvida um marco para o Exército Brasileiro.”
Gen Bda Marcos da Costa mencionou que é importante notar que o Brasil é um grande aliado não pertencente à OTAN, e sua participação em intensos exercícios combinados multinacionais que simulam o combate é muito importante para o Exército de sua nação.
“O intercâmbio com o Exército dos EUA nos oferece uma grande oportunidade de aprender lições úteis para a evolução da doutrina e uma oportunidade de avaliar o grau de preparação operacional de nossas tropas – sua disciplina e motivação, além das capacidades de nossos estados-maiores e da liderança de nossos comandantes,” afirmou o Gen Bda da Costa
“Também é hora de avaliarmos o material militar que usamos nas operações.”
Nos últimos cinco anos, o US Army South executou uma série de intercâmbios de especialistas no assunto e reuniões de planejamento para ajudar a preparar o EB para a rotação durante as conversas de Estado-Maior entre os Estados Unidos e o Brasil.
Soldados brasileiros conhecem equipamento americano Foto US Army
“Embora a rotação seja o culminante do plano de cinco anos, não é o culminante nossa cooperação com eles”, disse Sam Prugh, US South Army, adjunto da Security Cooperation Division (Divisão de Cooperação de Segurança). “Esta rotação representa a primeira de uma série de treinamentos bi-anuais nos centros de treinamento de combate que o EB está planejando, com a próxima marcada para 2022, com a 101ª Divisão Aerotransportada e a 12ª Brigada de Infantaria Leve do Exército Brasileiro.”
Prugh mencionou que a rotação representa a primeira troca de unidades com o US Amry preparando-se para enviar uma companhia da 101ª Divisão Aerotransportada para treinar, em novembro de 2021, como parte da Vanguarda Sul (South Vanguard) – um exercício para treinar cooperação de prontidão e segurança no Hemisfério Ocidental.
“Nosso objetivo seria trocas de treinamento regulares ou de rotina; que nos reunimos e treinamos, seja nos Estados Unidos ou no Brasil; que continuamos a elevar a complexidade e os desafios dos eventos de treinamento ”, disse Walrath. “Cada vez que o treinamento se torna mais difícil e desafiador, cada vez está fortalecendo nosso relacionamento após cada evento. O objetivo é a interoperabilidade. ”
“Esperamos que os intercâmbios de treinamento com o Exército Brasileiro – tanto nos centros de treinamento dos Estados Unidos quanto no Brasil – ocorram de maneira rotineira.”
À medida que as oportunidades de treinamento entre os EUA e o Brasil se expandem no futuro, Gen Bda da Costa está otimista de que os eventos bilaterais irão forjar a amizade entre os dois exércitos.
“Esperamos continuar a ver soldados brasileiros e americanos juntos em exercícios de alta intensidade, enfrentando em igualdade de condições as mais rigorosas condições de combate simulado, tanto nos EUA quanto no Brasil, programado para o ano de 2021 e além”, disse Gen Bda da Costa.
“Tenho certeza que esse intercâmbio aumentará visivelmente a qualidade na preparação das tropas do Exército Brasileiro. Acreditamos firmemente nos benefícios desse incremento nas trocas de treinamento de tropas e sabemos que nossos parceiros nas U.S. Armed Forces, por meio do Southern Command (SOUTHCOM), em particular, do US Army South, têm a mesma opinião. ”
Gen Brig Daniel R. Walrath, à direita, Comandante Geral do Exército Sul dos EUA, cumprimenta um soldado do Exército Brasileiro que participa do exercício de treinamento bilateral no Joint Readiness Training Center em Fort Polk, Louisiana, 2 de fevereiro, enquanto o General-de- Brigada Marcos de Sá Affonso da Costa, chefe de treinamento do Comando de Treinamento das Forças Terrestres do Exército Brasileiro, observa Foto US Army