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Forças Armadas apoiam Ministério da Saúde na vacinação da comunidade indígena Umariaçu I, no Amazonas

Mariana Alvarenga

Nesta terça-feira (19), aeronave C-97 da Força Aérea Brasileira transportou 10 mil doses de vacinas coronavac do Instituto Butantã, até Tabatinga, município localizado no oeste do Amazonas. Do total de vacinas entregues nesse município, mil foram destinadas à comunidade indígena Umariaçu I, de etnia ticuna. O 8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS) apoiou o Ministério da Saúde no transporte de vacinas até o Polo Base da aldeia, unidade de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI).

Os imunizantes foram aplicados em indígenas maiores de 18 anos e profissionais de saúde da aldeia Umariaçu I. A indígena Isabel Cesário, de 68 anos, foi a primeira aldeada a ser vacinada no Alto Solimões. “Graças a Deus tomei a vacina, é muito importante”, agradeceu.

Quem aplicou a vacina foi o enfermeiro da Sesai, indígena de etnia kocama, Euzimar Tananta. “Estou muito orgulhoso em vacinar a primeira indígena de nossa aldeia. Perdi minha esposa para a Covid-19. Não consegui salvá-la, mas vou fazer de tudo para salvar outras vidas. Temos que combater esse vírus e não deixar que leve mais ninguém”, reforçou.

Para o Comandante do 8º BIS, Tenente Coronel Robson Caldeiras de Moraes, o início da vacinação “é um momento histórico para o nosso país e um orgulho para os militares do Batalhão terem a oportunidade de apoiar a vacinação dos indígenas, que são nossos povos originários”, pontuou. O Batalhão foi responsável pelo apoio logístico.

O Coordenador do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI) Alto Solimões, Weydson Pereira, disse que o apoio das Forças Armadas é constante. “Nossa parceria com o Ministério da Defesa é muito grande. Se não fosse a FAB, as vacinas não teriam chegado aqui. O Exército, por meio do 8º BIS, nos apoia em ações e insumos”, informou. Segundo ele, aqueles indígenas que não podem comparecer ao Polo Base serão vacinados em casa, por meio de profissionais de saúde da Sesai.

O apoio das Forças Armadas também foi enfatizado pelo coordenador da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) no Alto Solimões, Jorge Baruf, “seria quase impossível e inviável se tivéssemos que arcar com os meios sem a parceria das Forças Armadas. Tanto nesse apoio agora quanto em outras missões indígenas, disse ele.

 

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