O grupo extremista Al Qaeda no Magreb islâmico (Aqmi) pediu nesta segunda-feira (2) a seus apoiadores para matar aqueles que insultarem o profeta Maomé, ameaçando vingar-se do presidente francês Emmanuel Macron, que defendeu o direito à caricatura.
"Matar qualquer um que insulte o profeta é o direito de cada muçulmano capaz de fazê-lo", escreveu em comunicado o grupo Aqmi, em reação às declarações do presidente Macron feitas durante a cerimônia em homenagem ao professor francês Samuel Paty, que foi decapitado em 16 de outubro em um atentado por ter mostrado aos alunos caricaturas do profeta.
Macron afirmou que a França, em nome da liberdade de expressão, não renunciará às caricaturas, gerando uma onda de críticas no mundo muçulmano. Dezenas de milhares de pessoas protestaram nos últimos dias contra a França em vários países muçulmanos, como os 50.000 em Bangladesh, além de alguns retratos queimados do presidente Macron e bandeiras francesas.
"O boicote é um dever, mas não é suficiente", escreve o Aqmi, pedindo "vingança" depois de apresentar como "mártir" o jovem checheno radicalizado que matou Samuel Paty. "Não esqueceremos suas ações atrozes", declarou o Aqmi, referindo-se a Emmanuel Macron.