Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (23) o envio de navios da Guarda Costeira ao Pacífico para conter as atividades "desestabilizadoras" de Pequim em áreas de pesca em disputa no Mar da China Meridional.
Depois de acusar o gigante asiático de "pesca ilegal" e "assédio" aos barcos dos países vizinhos, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Robert O'Brien, anunciou em um comunicado que a Guarda Costeira americana estava "enviando navios de patrulha velozes ao Pacífico ocidental".
Esses barcos de patrulha da classe Sentinel realizarão missões de segurança marítima, especialmente de auxílio aos pescadores, "em colaboração com parceiros na região que têm capacidade limitada de vigilância marítima", explicou o conselheiro do presidente Donald Trump.
Washington acusa regularmente Pequim de violar a lei internacional ao escoltar barcos chineses que operam em áreas de pesca de outros países com seus navios de guerra.
Em julho, o ministro da Defesa dos EUA, Mark Esper, denunciou uma série de "maus comportamentos" no Mar da China Meridional nos últimos meses, acusando o exército chinês de ter afundado um barco pesqueiro vietnamita, "assediado" empresas de exploração petrolífera da Malásia e escoltado barcos de pesca chineses na zona econômica exclusiva da Indonésia.
O'Brien acrescentou que a Guarda Costeira, que responde diretamente ao Departamento de Segurança Interna (DHS), estuda deslocar vários desses barcos-patrulha de forma permanente ao território norte-americano de Samoa, no Pacífico Sul.
No mês passado, a Indonésia protestou contra a incursão de uma embarcação da guarda costeira chinesa em sua zona econômica exclusiva, ou seja, a área entre as águas territoriais e internacionais, onde um estado tem direitos exclusivos de exploração dos recursos.
A China reivindica quase todo o Mar da China Meridional, o que contestado por vários países costeiros, como Malásia, Vietnã, Filipinas, Taiwan e Indonésia.