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Militares finalizam Exercício de Resposta à Emergência Nuclear

Tenente Fraga
 

Militares das Forças Armadas encerraram, nesta quinta-feira (22), em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, o Exercício de Resposta à Emergência Nuclear.

De 20 a 22 de outubro, eles avaliaram a eficácia dos Planos de Emergência, identificaram pontos de vulnerabilidade e aperfeiçoaram os procedimentos de atendimento à mitigação de ameaça em situação de emergência.

A capacitação ainda teve a finalidade de padronizar ações e procedimentos no caso de emergência real. Sob a coordenação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a capacitação reuniu cerca de 50 militares das três Forças Singulares, divididos em Forças Componentes.

Este ano, a característica do evento foi a modalidade de exercício de mesa, sem tropas no terreno. O adestramento de mesa é assim considerado quando não há emprego de meios, em termos de pessoal e material para a prática.

O treinamento consistiu em reunião de especialistas, concentrados em um Estado-Maior Conjunto, que se debruça sobre uma situação simulada para responder, de modo teórico, a um cenário de ameaças, formulando as respostas no caso da emergência nuclear.

O Comandante Conjunto da Operação, Vice-Almirante Arthur Fernando Bettega Corrêa, comentou a atuação das Forças Armadas no evento. Para ele, o desempenho apresentado foi o melhor possível.

“O exercício proporciona oportunidade ímpar para identificar, dentro do planejamento, as capacidades dos militares e a aderência dos planejamentos em relação à real possibilidade de emprego das Forças em proveito da Defesa Civil, bem como outras agências, junto à Central Nuclear de Angra, no estado do Rio de Janeiro”, destacou.

De acordo com o Oficial-General, a despeito de ser um exercício parcial e de tabuleiro, foi possível identificar, na fase de planejamento, os óbices e pontos fortes.

“É importante destacar que, apesar de ser um exercício de tabuleiro, nós conseguimos projetar com base nas nossas experiências as dificuldades da execução e, com isso, nos adestramos como um sistema, propiciando a desejada integração de esforços e um ganho em escala quando realimentamos o processo de planejamento, corrigindo determinadas vulnerabilidades”, considerou o Vice-Almirante Bettega.

Para o secretário da Defesa Civil do município de Angra dos Reis, Jairo Souza Fiães Lima, o objetivo foi alcançado. A principal finalidade é validar os planejamentos que são executados, junto ao colegiado do sistema, no intuito de se mitigar a situação de ameaça.

“A participação das Forças Armadas foi muito importante para o nosso município, porque numa situação de emergência real, nós não vamos ter o efetivo suficiente para proteção da nossa população”, explicou.

Além de militares das Forças Armadas, participaram do exercício representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), das Defesas Civil Estadual e Municipal, do Ministério da Saúde, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Governo do Estado do Rio de Janeiro e das Prefeituras de Angra dos Reis e de Paraty.

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