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Esquadrão Falcão realiza treinamento de resgate em convés

Tenente Juliana E Major Monteiro

O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), subordinado à Ala 10, em Parnamirim (RN), realizou, no período de 27 a 30 de julho, o terceiro treinamento de resgate em convés em parceria com a Marinha do Brasil (MB) neste ano. A missão teve como objetivo capacitar as tripulações do Esquadrão Falcão e do Navio Patrulha Oceânico (NPaOc) Araguari, que participam do serviço de alerta de Busca e Salvamento (SAR, sigla do inglês Search and Rescue).

Nos dias 27 e 28 de julho, ocorreu a reprodução dos procedimentos com a tripulação da Marinha em solo, na pista de grama da Ala 10. Já nos dias 29 e 30, foi realizada a simulação de resgate em convés, com o helicóptero H-36 Caracal e o navio NPaOc Araguari, na costa de Natal (RN), local em que as tripulações praticaram os procedimentos de reabastecimento vertical de carga (VERTREP, sigla do inglês Vertical Replenishment) e Pick-up, termo em inglês para definir a transferência de pessoal ou carga através do guincho do helicóptero.

“As operações aéreas contribuíram sobremaneira para a qualificação da Equipe de Manobra e Crache do NPaOc Araguari nas atividades de Pick-up e VERTREP. Fato que possibilita, ao navio, a realização de operações aéreas de Busca e Salvamento, Evacuações Aeromédicas, acrescidas de missões de interoperabilidade entre a Marinha e a FAB”, explica o Comandante do NPaOc Araguari, Capitão de Fragata Cesar Augusto Prudêncio Pimenteira.

Além da Equipe de Manutenção do Araguari, foram qualificados, ainda, militares das Equipes de Manobra e Crache de outros quatro navios subordinados ao Comando do 3º Distrito Naval, que atuam na área de jurisdição que abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

Segundo o Comandante de uma das tripulações que participou do treinamento pelo Esquadrão Falcão, Capitão Aviador Leir Gomes de Oliveira, a oportunidade de praticar os procedimentos de resgate em convés com as equipagens da Marinha traz um grande ganho para os militares da FAB que executam o serviço de alerta SAR. "Com certeza eleva a proficiência operacional e técnica dos militares, pois eles conseguem experimentar o nível de dificuldade de se fazer um resgate em navio.

Além disso, treinar com o navio é fundamental para a consciência situacional dos envolvidos, já que temos esse contato direto, combinamos tudo em briefing antes, para eles entenderem a sequência das ações em um resgate. E nós fazemos o treinamento utilizando o VERTREP e o Pick-up, que são procedimentos utilizados especificamente pela Marinha com suas aeronaves, o que amplia mais nossas possibilidades de atuação", explica o Aviador.

O Capitão Leir destaca, ainda, a importância da interoperabilidade entre a FAB e a MB para o adequado funcionamento do serviço de Busca e Salvamento. "Em todos os acionamentos que tivemos de convés nos últimos tempos, quem iniciou a cadeia de acionamento foi o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR), que, sabendo que não havia nenhum navio próximo que pudesse realizar o resgate, acionou o Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO), para a utilização do helicóptero como meio de resgate, tendo maior possibilidade de chegar ao local e extrair a vítima com maior rapidez", completa.

O Tenente Aviador Alan Dickson Brito de Medeiros, um dos pilotos do treinamento, atuou no resgate real em convés realizado pelo Esquadrão Falcão no dia 29 de maio. Para ele, treinar com o NPaOc Araguari foi fundamental para praticar o controle da aeronave e a sua adaptação às oscilações das embarcações, além da comunicação utilizada pelos tripulantes. "A operação com a Marinha é de suma importância para nossa formação e manutenção como tripulantes nesse tipo de resgate, que tem alta complexidade. Definitivamente saímos desse treinamento mais preparados para as missões reais", afirma o piloto.

Busca e Salvamento

As missões de busca e salvamento realizadas pela FAB acontecem sobre todo o território nacional, sobre o mar territorial e ainda em uma ampla área de águas internacionais do Atlântico. Por força de tratados internacionais, o Brasil é responsável por tais missões em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes a extensão territorial do País (de 8,5 milhões de km²). 

Preparo

Fundamental para o sucesso de qualquer missão é o preparo operacional das tripulações. Para isso, a doutrina e o treinamento são de responsabilidade do Comando de Preparo (COMPREP). Sendo assim, para atingir alto nível técnico e doutrinário, os Esquadrões da Força Aérea realizam treinamentos regulares, afim de agirem com a pronta-resposta requerida na execução das ações.

Como Comando Operacional, o COMPREP é encarregado de fixar os padrões de eficiência, planejar o treinamento e avaliar o desempenho das unidades subordinadas, a partir das capacidades definidas pelo Comandante da Aeronáutica. Além disso, coordena a formulação da Doutrina Aeroespacial, em consonância com as experiências adquiridas e os sistemas de armas incorporados à FAB.

Fotos: Tenente Moutinho /1º/8º GAV, Sargento Marcela e Cabo Simplício / Ala 10

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