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FBI interroga chineses nos EUA sobre possíveis laços militares

O FBI interrogou detentores de vistos de pesquisa nos Estados Unidos em mais de 25 cidades norte-americanas suspeitos de serem membros disfarçados das Forças Armadas da China, informou o Departamento de Justiça doa EUA nesta quinta-feira.

O departamento afirmou que três cidadãos chineses foram presos por fraudes em vistos, enquanto um quarto continua foragido, se abrigando no consulado chinês em San Francisco. Os Estados Unidos acreditam que os quatro sejam membros do Exército da China infiltrados como pesquisadores. 

“Em entrevistas com membros do Exército de Libertação do Povo Chinês em 25 cidades dos Estados Unidos, o FBI revelou uma iniciativa orquestrada de esconder sua verdadeira filiação para tirar vantagens dos Estados Unidos e do povo americano”, afirmou John Brown, diretor-assistente executivo do braço de segurança nacional do FBI, em nota. 

Decisões de tribunais dos EUA mostram que o FBI acreditava que o consulado chinês em San Francisco estaria abrigando um fugitivo desde o final de junho. As autoridades policiais norte-americanas não podem adentrar em embaixadas ou consulados estrangeiros a não ser que sejam convidadas, e alguns oficiais, como embaixadores, por exemplo, possuem imunidade diplomática.

Pompeo defende EUA e aliados mais assertivos para pressionar China

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, fez novas críticas à China nesta quinta-feira e disse que os Estados Unidos e seus aliados precisam usar “maneiras mais criativas e assertivas” para pressionar o Partido Comunista Chinês a mudar sua maneira de ser. 

Em um discurso na Biblioteca Nixon, na cidade natal de Richard Nixon em Yorba Linda, Califórnia, Pompeo disse que a preocupação do ex-líder de ter criado um “Frankenstein” ao abrir o mundo para a China nos anos 1970 havia sido profética.

Nixon, que morreu em 1994 e foi presidente entre 1969 e 1974, abriu caminho para relações diplomáticas dos EUA com a China Comunista em 1979 fazendo uma série de contatos, incluindo uma visita diplomática a Pequim em 1972.

Em discurso pouco depois do surpreendente decreto de Washington, que ordenou o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas, Pompeo repetiu acusações frequentes dos EUA sobre práticas comerciais chinesas injustas, abusos de direitos humanos, e esforços para infiltrar a sociedade norte-americana.

Pompeo afirmou que o Exército chinês havia se tornado “mais forte e mais ameaçador” e que a abordagem em relação à China deveria ser “desconfiar e verificar”, adaptando o mantra do ex-presidente Ronald Reagan de “confiar, mas verificar” sobre a União Soviética nos anos 1980. 

“O tipo de engajamento que estávamos buscando não trouxe o tipo de mudança na China que o presidente Richard Nixon esperava induzir”, disse Pompeo. “A verdade é que nossas políticas – e as de outras nações livres – ressuscitaram a economia fracassada da China apenas para que Pequim mordesse as mãos internacionais que a estavam alimentando”, disse.

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