Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet
Sob o tema A Vida no Pós-Pandemia: Os Desafios do Novo Normal, a revista IstoÉ junto com o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), organizou uma live, Sábado (11JUN2020), com a participação das seguintes pessoas:
– oncologista e escritor Drauzio Varella;
– ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta;
– infectologista Maria dos Remédios (Maranhão);
– ministro do STF Gilmar Mendes;
– Desembargador Rodrigo Mudrovitsch como IDP, e,
– Ney Bello, como IDP
O debate foi mediado pelo diretor de redação da IstoÉ, Germano Oliveira, e Victor Fernandes, do IDP (que teve problemas de conexão e não participou todo o tempo). Na coordenação ficaram Rodrigo Mudrovitsch e Ney Bello.
As estranhas relações de uma estranha Live
O ministro Gilmar Mendes falou direto de Portugal. Os desembargadores Victor Fernandes, Rodrigo Mudrovitsch e Ney Bello são todos vinculados ao Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), organização de propriedade do Ministro Gilmar Mendes.
Segundo o editor de IstoÉ, Germano Oliveira, o evento foi organizado pelo IDP.
Após a apresentação da ficha técnica podemos avançar no despropósito dos ataques ao Exército Brasileiro.
Como DefesaNet publicou em várias matérias, o Ministro Gilmar Mendes, atua como o articulador de Fernando Henrique Cardoso no STF. Nesta posição visitou o Comandante do Exército, General Leal Pujol, em 10JUN2020, com o propósito “oficial” de entregar um exemplar do livro “Curso de Direito Constitucional”, na 15ª edição.
No dia 16JUN2020, em matéria ditada para jornalista do Valor, Gilmar Mendes dá luzes conspiratória deste encontro, que foi solicitado por ele. Publicada com o título: “Gilmar abre canal com comandante do Exército Link”
Esta farsa durou até sexta e sábado quando a revista Veja publicou:
Coup d`FHC – Gilmar Mendes ouviu do comandante do Exército o que não queria
As declarações
Nesta live de Sábado, organizada pelo IDP, entidade de propriedade de Gilmar Mendes, que falou mais como responsável por ela, do que como Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Gilmar Mendes disse, que o Exército está se associando a um “genocídio”, ao se referir à crise sanitária instalada no País em meio à pandemia do novo coronavírus, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.
No evento declarou:
“Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa”, afirmou Gilmar.
“Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, prosseguiu.
O ataque tem um oportunismo e uma agenda de articulador.
O ataque tem um alvo bem determinado, o General-de-Exército Edson Leal Pujol e anova tentativa de constranger as Forças Armadas. Trata de uma tentativa de constranger publicamente o General Pujol, General Pazuello e os militares, após ter falhado em sua missão de correio de FHC, de cooptar o comandante do Exército em sua faina golpista.
É importante os leitores lerem a matéria sobre a 331ª Reunião do Alto-Comando do Exército (RACE), que foi publicado com o título Coup d´FHC – As ações contra as Forças Armadas e o Brasil
As ações de FHC e seus agentes na imprensa e seu organizador no STF, para tentar influenciar a 331ª RACE, considerada por DefesaNet, como uma das mais importante da história do da Força Terrestre, deram resultado? Não sabemos, mas é certo que FHC tenta avançar o seu Coup d´Etat agora via Coup d´COVID. E as jogadinhas desta Live foram pensadas e organizadas por várias mãos.
A imprensa dá foco às declarações de Gilmar Mendes, nem todas mencionam as palavras do Ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, contra os militares, com agresões ao Gen Pazzuelo, e do Médico Drauzio Varella em pesada ameaça ao presidente Jair Bolsonaro . Veja o vídeo editado por DefesaNet com os últimos 20 minutos da Live IstoÉ-IGP.
As muitas mãos têm as digitais do Partido Dem (Maia e Alcolumbre), Grupo Globo / Dória com seu garoto propaganda Drauzio Varella e o PC do B, com a representante do Maranhão, Maria dos Remédios.
Edição dos últimos 20 minutos da Live IDP – IstoÉ
A íntegra com 1h49min pode ser acessado em Link
Logo depois das declarações de Gilmar, Mandetta também criticou o que chamou de "ocupação militar" na pasta que comandou até abril. Segundo ele, a situação deveria ser tratada com a mesma indignação que ocorreu com as denúncias de que Bolsonaro tentava interferir na Polícia Federal.
"Parece que na minha sucessão trocaram metade, e depois trocaram absolutamente todo o corpo técnico. Aí que está o maior problema. Vi toda aquela discussão do ministro Moro e todos abrindo inquérito para saber se havia ingerência na PF. Acho muito importante que nós averiguemos a interferência na PF. Mas e o desmanche do Ministério da Saúde na maior pandemia do século?", desabafou. "E não é nem uma interferência no Ministério da Saúde, é uma aniquilação. Uma ocupação militar do Ministério da Saúde".
No início do debate, Mandetta já havia feito críticas à gestão de Pazuello à frente da pasta, marcada pela tentativa de esconder os dados sobre os contaminados e os mortos pelo novo coronavírus. Segundo ele, o "Ministério da Saúde perdeu a credibilidade" para dialogar com a sociedade.
Mandetta ainda alfinetou Pazuello. Ao assumir o cargo, o general foi elogiado por membros do governo por sua experiência em cargos ligados à logística do Exército. "Ao invés de especialistas em logística, parece que são especialistas em balística. Porque eu só vejo acúmulo de óbitos nessa política que está sendo feita", ironizou ao ser questionado sobre o protocolo para o uso da cloroquina implantado pela atual gestão do Ministério da Saúde.
O médico Drauzio Varella acusou o presidente de má gestão e o ameaçou de processo.
As declarações foram meticulosamente construídas para conectar com às acusações do ministro Sergio Moro. Está montado o circo para a construção de um caso judicial. Anteriormente o Ministro Gilmar Mendes já tinh aacusado o presidente Jair Bolsonaro de "genocida".
O Ministério da Defesa publicou a seguinte nota ressaltando os dados da Operação Covid-19:
Comunicado do Ministério da Defesa Brasilia, 11 Julho 2020
O Ministério da Defesa (MD) informa que as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavírus, por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros. São empregados, diariamente, 34 mil militares, efetivo maior do que o da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial, com 25.800 homens. O MD tem o compromisso com a saúde e com o bem estar de todos o brasileiros de norte ao sul do País. A mobilização desta Pasta começou no dia 5 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Regresso à Patria Amada Brasil. Na ocasião, foram resgatados 34 brasileiros de Wuhan, na China, antes mesmo de aparecer o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil, em 26 de fevereiro.
A Operação Covid-19, criada em 19 de março de 2020, estabeleceu 10 comandos conjuntos espalhados por todo o Brasil, além do Comando Aeroespacial (COMAE). Os resultados mostram que a operação está atingindo os objetivos a que se propõe. De lá para cá, foram descontaminados 3.348 locais públicos; realizadas 2.139 campanhas de conscientização junto à população, 3.249 ações em barreiras sanitárias e 21.026 doações de sangue; distribuídos 728.842 cestas básicas; produzidos 20.315 litros de álcool em gel e capacitadas 9.945 pessoas para realizar ações de descontaminação.
É ainda importante destacar que já foram transportadas 17.554 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via terrestre, 471 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via transporte aéreo, voadas 1.334 horas, o equivalente a 14,5 voltas ao mundo.
As Forças Armadas realizam permanentemente atividades subsidiárias para cooperar com o desenvolvimento nacional e defesa civil. Este ano, em face à pandemia causada pelo novo coronavírus, os Ministérios da Defesa e da Saúde, em ação conjunta, intensificaram a assistência à saúde prestada a indígenas em diversas localidades carentes e isoladas do país. As mais de 200 missões em aldeias indígenas somente na Amazonia Ociental realizam atendimentos de saúde, promovem cuidados básicos de saúde e orientam sobre a prevenção de doenças, sempre respeitando os aspectos socioculturais, condizentes com a realidade de cada etnia.
Atenciosamente,
Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa |
Recomendamos a leitura do estudo dos Pesquisadores Atem Carvalho: Pandemia, Começo, Meio e Fim