Nota DefesaNet
Iniciamos duas séries especiais: 1 – Coup d´Presse – contendo publicações da imprensa contra as Forças Armadas, sempre com intuito de desinforma e desestabilizar, E iniciamos e a segunda: 2 – Coup d´FHC com as ações conduzidas pelo ex-presidente com o objetivo de desestabilizar o Brasil e o Governo Constituído e as Forças Armadas. O Editor |
Veja.com
20 Junho 2020
Oficialmente, o encontro era para entregar a nova edição do livro do magistrado, Curso de Direito Constitucional, mas na conversa o ministro aproveitou a oportunidade para tentar desfazer a interpretação corrente, em boa parte estimulada pelos generais que ocupam assento no Palácio do Planalto – Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) – de que há um complô em curso para enfraquecer politicamente o presidente.
A conspirata, segundo bolsonaristas, incluiria o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, autor das decisões judiciais que mais têm desagradado ao Palácio do Planalto.
O próprio Gilmar Mendes, que foi atacado em uma rede social pelo vereador Carlos Bolsonaro após criticar o presidente por ter estimulado cidadãos a fiscalizar hospitais e UTIs durante a pandemia, passou a ser listado no rol de persona non grata.
O ministro, porém, acabou ouvindo o que não queria. Segundo interlocutores que conversaram com o magistrado, Pujol se alinhou à interpretação da caserna de que o Judiciário tem extrapolado em suas funções. Mesmo entre os militares considerados mais “institucionais” e avessos ao mundo político, como o comandante do Exército, não foram bem assimiladas decisões de Moraes como a que vetou o nome de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. A ordem judicial que mais impressionou os fardados, no entanto, foi a decisão do STF que impediu o presidente de decidir sobre políticas relacionadas ao novo coronavírus.
Mendes explicou a Pujol cada uma das decisões e procurou desfazer a interpretação de que o Judiciário seja um opositor do Palácio do Planalto.
Procurado, o ministro não quis comentar a reunião. O comandante não respondeu ao pedido de entrevista.