Tenente Antonio Gonçalves e Tenente Felipe Bueno
O Ministério da Defesa enviou, em caráter emergencial, profissionais de saúde das Forças Armadas para Macapá (AP). São 12 militares, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, provenientes do Distrito Federal, do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Eles reforçam as equipes médicas e de enfermagem do Hospital Universitário do Amapá, que foi ativado para atuar na linha de frente no tratamento de pacientes com o coronavírus.
O embarque da equipe médica foi na Ala 1 – Base Aérea de Brasília (DF) – na sexta-feira (05). O Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, General Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, esteve presente e cumprimentou os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. "Nós vamos agregar valor e iniciar as operações com as equipes civis do Amapá, e esses militares, que se apresentaram voluntariamente para a missão, vão ajudar muito a sociedade local", destacou.
A unidade hospitalar do Amapá está em fase de conclusão de suas obras e uma parte de suas dependências foi preparada e considerada pelo Governo Federal como hospital de campanha, recebendo equipamentos de proteção individual, materiais hospitalares e outros equipamentos para ativação parcial dos seus 109 leitos, sendo 32 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 36 clínicos, 16 para nefrologia, 5 pediátricos e quatro destinados a indígenas.
Na chegada à capital do Amapá, os militares foram recebidos pelo Comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, General de Brigada Adilson Giovani Quint. Ele enfatizou o apoio dado pelas Forças Armadas, sob a ótica de sua missão constitucional de proteção da sociedade brasileira, para apoiar o esforço Nacional de combate à Covid-19. “Os militares de saúde vêm para atuar no controle da pandemia do coronavírus, tendo em vista que o Ministério da Defesa considera o Hospital Universitário um hospital de campanha, que está terminando suas obras e não possui ainda recursos humanos para dar continuidade às operações”, ressaltou.
O reforço de pessoal militar no Amapá é temporário. Ocorre a partir deste sábado (06) e prossegue até 20 de junho. “É muito importante o apoio das Forças Armadas para nos ajudar a garantir saúde pública de qualidade no enfrentamento a essa pandemia”, agradeceu o Governador do Estado, Antônio Waldez Góes da Silva.
O diretor do Centro Covid-19 do Hospital Universitário, Aljerry Reto, explicou que os militares vão reforçar as equipes médicas e de enfermagem da unidade de saúde. “O hospital está sendo ativado para atuar na linha de frente, no tratamento de pacientes com o coronavírus, e os militares vão colaborar nessa missão”, destacou.
A Capitão Fabiana Grossi Machado, do efetivo do Hospital Militar de Área de Porto Alegre (RS), cruzou o País para contribuir com a ação. “Como profissionais da saúde e militares, nosso dever é estar onde a Força e a população precisam de nós. É um orgulho, como médica e militar, participar da inauguração de um hospital especializado em Covid-19, para a população do Amapá que precisa desse atendimento”, disse a militar.
Operação COVID-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à COVID-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia que recebeu o nome de Operação COVID-19.
As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas poderão ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determinará a melhor forma de atendimento.