Tenente Indira Efel
Com apoio da aeronave C-98 Caravan, da Força Aérea Brasileira, militares da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, 7º Bis e 6º BEC, doaram 115 kits de alimentação para a Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Ao todo foram seis comunidades indígenas atendidas. A localidade é uma das maiores terras indígenas brasileiras.
No Comando Conjunto Oeste, as Forças Armadas transportaram mais de 1.100 kits de alimentos até a FUNAI, em Rondonópolis e Barra do Garça, ambas no Mato Grosso. As Forças Armadas também têm levado ajuda médica às populações mais distantes.
Em Tabatinga, na tríplice fronteira (Brasil, Peru e Colômbia) e São Gabriel da Cachoeira (fronteira com Colômbia e Venezuela), os hospitais militares da região têm sido o único apoio aos moradores da localidade. Praticamente todo o corpo de saúde desses hospitais é de militares que lutam contra o novo coronavírus, atendendo os indígenas e ribeirinhos amazonenses das áreas mais distantes da floresta.
Nessas regiões, os indígenas e ribeirinhos amazonenses têm sofrido com a pandemia. Em Tabatinga, a comunidade Tikuna tem mais de 60 mil pessoas. E na Cabeça do Cachorro, em São Gabriel da Cachoeira, são mais de 20 etnias, local com a maior concentração étnica do planeta em floresta tropical.
Militares do Comando Conjunto Norte também realizaram ações beneficente nas comunidades ribeirinhas. Nesse sábado (30), mais de 165 famílias das ilhas de Jutuba I, Jutuba II e Paquetá, nos arredores da cidade de Belém, foram beneficiadas com as doações de kits de alimentação, máscaras em tecido e kits de higiene. Também foram distribuídos diversos brinquedos para as crianças que moram na região.
“Está sendo de grande benefício pra mim e outros moradores. Somos necessitados, vivemos do açaí, que não dá o ano todo. Então veio em boa hora, de muita ajuda para nós, as doações”, agradece a moradora de Jutuba I, Francileide.
Desinfecção
Os militares continuam realizando ações de desinfecção em locais públicos, principalmente em unidades de saúde. No Mato Grosso do Sul, em Bela Vista, por exemplo, as Forças Armadas descontaminaram o Posto de Saúde Estratégia de Saúde da Família. Em Ponta Porã, também no Mato Grosso do Sul, ocorreu a desinfecção do Hospital Regional da cidade.
As ações de higienização e descontaminação são realizadas sempre em horários de pouco fluxo de pessoas. No Rio Grande do Norte, as Forças Armadas desinfectaram o Tribunal de Contas do Estado, em Natal, nesse domingo (31), facilitando a condução da ação e a aplicação dos produtos químicos de forma segura.
No fim de semana, também aconteceram limpezas nos prédios da Assembléia Legislativa. Foram desinfectados anexos administrativos, biblioteca e Escola da Assembléia. No Comando Conjunto Sudeste, a desinfecção ocorreu nas instalações do Quartel-general integrado, sede do Comando Militar da Região.
Em Belém, a descontaminação preventiva aconteceu na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Alfândega da Receita Federal, ambos localizados no Aeroporto Internacional, e na Companhia Independente de Polícia Turística (CIPTur), da Polícia Militar do Estado do Pará (PMPA).
O fim de semana também foi de muitas campanhas de conscientização em todo país. Na Agência Fluvial de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, as ações de inspeção naval na orla foram intensificadas. Além dos procedimentos de fiscalização do tráfego aquaviário, os militares distribuíram, aos passageiros e integrantes da comunidade fluvial, panfletos com orientações sobre os cuidados e prevenção ao novo coronavírus.
Operação COVID-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à COVID-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia que recebeu o nome de Operação COVID-19.
As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas poderão ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determinará a melhor forma de atendimento.