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Presidente da China pede que país esteja preparado para combate militar em meio à pandemia

O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta terça-feira que o país tem de intensificar sua preparação para combates armados e melhorar sua capacidade de cumprir tarefas militares, pois a pandemia de coronavírus está tendo um profundo impacto na segurança nacional chinesa, informou a televisão estatal.

O desempenho da China no combate ao coronavírus mostrou o sucesso da reforma militar, disse Xi, segundo a emissora estatal, acrescentando que as Forças Armadas devem explorar novas formas de treinamento em meio à pandemia.

Xi, que preside a Comissão Militar Central da China, fez os comentários quando participava de sessão plenária da delegação do Exército de Libertação Popular e da Polícia Armada do Povo em meio à sessão anual do Parlamento chinês.

China alerta para 'nova Guerra Fria' com os EUA por pandemia, que assola a América Latina¹

A China alertou, neste domingo (24), que suas relações com os Estados Unidos estão "à beira de uma nova Guerra Fria", prejudicadas ainda mais pela pandemia de COVID-19, que avança rapidamente na América Latina.

A pandemia, que já causou mais de 342.000 mortes e mais de 5,3 milhões de infectados em todo o mundo, ofuscava neste domingo a festa do Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã para os muçulmanos.

A crise da saúde exacerbou as relações já tensas entre a China e os Estados Unidos, e as duas potências continuam a lançar ataques verbais.

Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que Washington se infectou com um "vírus político" que aproveita "todas as oportunidades para atacar e difamar a China".

"Algumas forças políticas nos Estados Unidos estão fazendo as relações entre China e Estados Unidos como reféns e levando nossos dois países à beira de uma nova Guerra Fria", disse o chanceler a repórteres.

Wang também acusou os políticos americanos de "espalhar boatos" para "estigmatizar a China", onde o novo coronavírus surgiu no final do ano passado.

No entanto, o ministro garantiu que o sue país está "aberto" à cooperação internacional para identificar a origem do vírus mortal.

Essa cooperação deve ser "profissional, justa e construtiva" e sem "interferência política", enfatizou.

Nas últimas semanas, o presidente americano, Donald Trump, acusou repetidamente as autoridades chinesas de terem demorado para comunicar dados cruciais sobre a gravidade da doença.

Os Estados Unidos são de longe o país mais atingido pela COVID-19, com 1,6 milhão de casos e 97.000 mortes.

No entanto, o estado de Nova York, foco da epidemia, registrou 84 mortes nas últimas 24 horas, o número mais baixo desde 24 de março, anunciou o governador Andrew Cuomo.

Trump, que quer flexibilizar o confinamento e reativar a economia, fez um gesto no sábado para marcar um retorno à normalidade e foi jogar golfe em seu clube na Virgínia, perto de Washington, pela primeira vez desde 8 de março.

Futebol, turistas e missas

Na Europa, os países avançam cautelosamente no desconfinamento.

O continente, que ultrapassou dois milhões de infectados, continua sendo o mais enlutado por esta pandemia, com mais de 173.500 mortes.

O governo espanhol anunciou o retorno da Liga de Futebol em 8 de junho e, a partir de julho, turistas estrangeiros poderão viajar para o país. A Itália também abrirá suas fronteiras aos turistas estrangeiros em 3 de junho.

A abertura de fronteiras é crucial para a Espanha, o segundo destino turístico do mundo, onde o setor representa 12% do PIB.

Madri e Barcelona poderão reabrir bares, museus e hotéis a partir de segunda-feira.

"A parte mais difícil já passou (…) a grande onda da pandemia foi superada", assegurou o chefe do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez.

Na França, outro país gravemente atingido pela COVID-19, as igrejas reabriram suas portas neste domingo.

Depois da Grécia e da França, o governo italiano autorizou seus cidadãos no sábado a ir às praias, mas apenas passear ou tomar banho, sem poder tomar sol na areia.

O epicentro

Enquanto a Europa se recupera, os tremores desse terremoto sanitário continuam a abalar os países da América Latina. A região, que se tornou o "novo epicentro" da COVID-19, segundo a OMS, está no auge da pandemia.

Em toda a América Latina morreram mais de 39.000 pessoas e foram registrados 715.500 casos, segundo a contagem da AFP feita neste domingo.

O Brasil, com mais de 347.000 casos e 22.000 mortes, é de longe o mais punido da região e já ultrapassou a Rússia como o segundo país com o maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos.

O presidente Jair Bolsonaro protagonizou uma nova polêmica quando um vídeo de seu gabinete foi revelado e no qual a pandemia mal é mencionada.

Cheio de obscenidades, insultos, reclamações e declarações potencialmente incriminatórias, o vídeo causou indignação no gigante sul-americano, onde muitos questionam a gestão do governo da crise.

Nesse contexto, os EUA se preparam para anunciar a proibição das viagens vindas do Brasil, disse neste domingo um assessor de Trump, como já o fez com a China, Europa e Reino Unido.

O México, o segundo país da região com maior número de mortes, registrou até este sábado 65.856 casos confirmados e 7.179 óbitos.

¹com AFP

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