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Líder supremo do Irã diz que Israel é “tumor cancerígeno” no Oriente Médio

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez um apelo aos palestinos nesta sexta-feira para continuarem com sua insurreição contra Israel, afirmando que o governo israelense é um “tumor” que deveria ser confrontado até os palestinos serem libertados.

“A insurreição dos palestinos deveria continuar… lutar para libertar a Palestina é uma obrigação e uma jihad islâmica… o regime sionista (Israel) é um tumor cancerígeno na região”, disse Khamenei, a maior autoridade iraniana, em um discurso.

“O vírus duradouro dos sionistas será eliminado.”

O aiatolá e outras autoridades de alto escalão do Irã pedem há anos o fim do Estado judeu, inclusive através de um referendo na região, onde os palestinos são maioria.

Khamenei reiterou esse apelo no discurso que fez no Dia de Al-Quds, realizado na última sexta-feira do mês muçulmano de jejum do Ramadã e que foi instituído pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador da Revolução Islâmica do Irã em 1979.

Irã classifica novas sanções dos EUA como "infrutíferas e repetitivas"

O Irã rejeitou nesta quinta-feira novas sanções dos Estados Unidos a diversas autoridades iranianas, afirmando serem um sinal da completa ineficiência das sanções anteriores, informou a televisão estatal.

“As sanções infrutíferas e repetitivas de Washington contra as autoridades iranianas são um sinal de fraqueza, desespero e confusão do governo dos EUA”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi.

Na quarta-feira, os EUA impuseram sanções a diversas autoridades iranianas, incluindo o ministro do Interior, acusando-as de se envolverem em casos graves de abuso dos direitos humanos.

O Departamento do Tesouro norte-americano alegou que o Ministro do Interior iraniano, Abdolreza Rahmani-Fazli, deu ordens para autorizar as Forças de Aplicação da Lei (LEF) do Irã a usar força letal em resposta a protestos antigovernamentais em novembro, levando à morte de manifestantes, incluindo ao menos 23 menores.

Centenas de jovens e trabalhadores iranianos foram às ruas em 15 de novembro para protestar contra a decisão do governo de aumentar os preços dos combustíveis. Os protestos se tornaram políticos, com manifestantes queimando fotos de funcionários de alto escalão e pedindo aos governantes que deixassem o cargo.

A principal autoridade do Irã, o líder supremo aiatolá Ali Khamenei, denunciou a manifestação como uma “conspiração muito perigosa” feita pelos inimigos do Irã.

Um site da oposição alegou em janeiro que pelo menos 631 pessoas foram mortas durante os protestos, e a Anistia Internacional, com sede em Londres, informou que mais de 300 pessoas foram mortas.

Ambos os números foram rejeitados pela República Islâmica, que ainda não forneceu uma contagem total de mortes. O judiciário iraniano condenou dezenas de manifestantes a longos períodos de prisão.

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