O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizará uma videoconferência com líderes do G7 na quinta-feira para coordenar as respostas nacionais à pandemia do novo coronavírus, informou a Casa Branca nesta terça-feira.
Trump, que lidera o G7 este ano, teve que cancelar a cúpula anual do grupo que seria realizada no retiro presidencial de Camp David, em Maryland, em junho.
O G7 inclui Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Japão e Alemanha — todos os sete atingidos pelo vírus.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recebeu alta de um hospital de Londres nesta semana após receber tratamento para o vírus, que o deixou na unidade de terapia intensiva por vários dias.
“Trabalhando juntos, o G7 está adotando uma abordagem de toda a sociedade para enfrentar a crise em várias áreas, incluindo saúde, finanças, assistência humanitária e ciência e tecnologia”, disse o porta-voz da Casa Branca Judd Deere.
A reunião de quinta-feira será uma continuação da videoconferência de 16 de março, quando os líderes do G7 se reuniram pela primeira vez nesse formato, para repassar os esforços contra o novo coronavírus.
Além da reunião desta semana, outra sessão é esperada para maio para estabelecer as bases para a videoconferência de junho.
UE pede que países coordenem estratégias para fim de quarentena
A Comissão Europeia pediu que os países da União Europeia trabalhem de forma coordenada agora que começam a amenizar as medidas de isolamento social, alertando que uma falta de coordenação pode resultar em novos picos na epidemia de coronavírus.
Vários Estados da UE anunciaram planos ou já começaram a relaxar as restrições impostas para conter o surto, e cresce a pressão para reativar suas economias combalidas.
O braço executivo da UE, que não tem poder para ditar diretrizes de saúde para as 27 nações, vem pedindo uma abordagem comum porque os membros do bloco agiram independentemente uns dos outros no combate ao vírus e agora estão procedendo da mesma maneira em suas estratégias de saída do isolamento.
“É hora de desenvolver uma estratégia de saída coordenada”, disse a comissão no esboço de um conjunto de recomendações que deve ser adotado nesta semana.
“A estratégia de saída deveria ser coordenada entre os Estados-membros para evitar efeitos negativos de transbordamento”.
As medidas de confinamento só devem ser amenizadas depois que a disseminação da doença tiver diminuído consideravelmente ao longo de um período de tempo prolongado e quando os hospitais tiverem capacidade suficiente para lidar com novos picos prováveis de infecções, de acordo com as recomendações da comissão.
Mas os governos sofrem pressões cada vez maiores para suavizar os isolamentos, já que o impacto desastroso da pandemia de coronavírus na economia global se tornou claro. A comissão estimou que a produção da zona do euro pode encolher 10% neste ano.
Na Itália, o primeiro país da UE a ser atingido duramente pelo vírus, dezenas de negócios receberam permissão para reabrir nesta terça-feira, incluindo livrarias, papelarias e lojas de moda infantil, mas medidas de confinamento severas continuam em vigor.