A presença militar americana na Ásia não será comprometida pelos atuais cortes orçamentários, declarou nesta quinta-feira o presidente Barack Obama em discurso no Parlamento australiano.
"Deixe-me dizer claramente, os Estados Unidos colocam em ordem suas finanças públicas e reduzem seus gastos, e vocês precisam saber do seguinte: estamos acabando com as guerras atuais e ordenei a minha equipe de segurança nacional que dê prioridade a nossa presença e nossa missão na Ásia-Pacífico", declarou o presidente.
"As reduções dos gastos na Defesa pelos Estados Unidos não serão feitos, repito, não serão feitos, em detrimento da região Ásia-Pacífico. Os Estados Unidos são uma potência do Pacífico e estamos aqui para ficar".
Obama também tratou das relações dos Estados Unidos com a China, e prometeu conversar "francamente" com Pequim sobre as divergências entre os dois países, sobretudo no que se refere a direitos humanos, enquanto busca construir uma relação de "cooperação".
"Continuaremos nossos esforços para construir uma relação de cooperação com a China (…) e ao mesmo tempo continuaremos falando francamente com Pequim sobre a importância de respeitar as leis internacionais e os direitos humanos universais do povo chinês", declarou.
"Todas as nações sentem um profundo interesse pelo desenvolvimento de uma China pacífica e próspera (…). Vemos que Pequim pode ser um sócio para reduzir as tensões na península coreana e para impedir a proliferação" nuclear.
"Vamos buscar mais oportunidades para cooperar com Pequim, incluindo uma maior cooperação entre nossos militares para facilitar a compreensão e evitar más avaliações".
O presidente americano disse ainda que os Estados Unidos adotarão medidas "firmes" contra qualquer tentativa de proliferação nuclear por parte da Coreia do norte, cujo programa militar atômico preocupa Washington e seus aliados.
"A transferência de materiais nucleares pela Coreia do Norte aos Estados ou entidades diversas seria considerada uma ameaça muito séria pelos Estados Unidos e por seus aliados", declarou ao Parlamento australiano.
"Teríamos a Coreia do Norte como plenamente responsável por tais ações", disse Obama, reafirmando o compromisso dos Estados Unidos com a Coreia do Sul.