O Pentágono informou que 50 militares norte-americanos foram diagnosticados com lesão cerebral traumática após ataques com mísseis do Irã a uma base no Iraque no início deste mês, 16 a mais do que os militares haviam anunciado anteriormente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outras autoridades disseram inicialmente que o ataque do Irã em 8 de janeiro não tinha matado ou ferido nenhum membro dos serviços dos EUA. “Até hoje, 50 militares dos EUA foram diagnosticados (com lesão cerebral traumática)”, disse o porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Thomas Campbell, em comunicado sobre feridos no ataque à base aérea de Ain al-Asad, no oeste do Iraque.
Os sintomas de lesões concussivas incluem dores de cabeça, tontura, sensibilidade à luz e náusea. Dos 50 feridos, 31 foram tratados no Iraque e retornaram ao serviço, incluindo 15 dos diagnosticados mais recentemente, segundo Campbell. Dezoito do total foram enviados à Alemanha para avaliação e tratamento adicionais, e um foi enviado ao Kuweit e, desde então, voltou ao serviço, disse ele.
Na semana passada, Trump pareceu minimizar as lesões, dizendo que “ouviu dizer que eles tinham dores de cabeça e algumas outras coisas”. Segundo dados do Pentágono, cerca de 408.000 integrantes do serviço foram diagnosticados com lesão cerebral traumática desde 2000.
O Irã disparou mísseis contra Ain al-Asad em retaliação pela morte de um alto general da Guarda Revolucionária, Qassem Soleimani, em um ataque de drones dos EUA no aeroporto de Bagdá em 3 de janeiro.