Assim como outros setores da economia, a área de aviação nos Estados Unidos sofreu impactos após os ataques terroristas de 2001 e, posteriormente, durante o período de recessão econômica.
Na época, havia pouco trabalho para pilotos e muitas companhias aéreas passaram quase uma década sem contratar estes profissionais. Já entre os anos de 2011 e 2017, algumas companhias dos Estados Unidos tiveram que reduzir o volume de voos por conta da escassez de pilotos disponíveis para realizar todas as suas rotas.
A contratação de pilotos foi retomada nos últimos anos, à medida que a demanda por viagens aumentou. Mas, a previsão sobre aposentadorias nessa área nos próximos 10 anos, significa que as companhias aéreas precisarão substituir futuramente milhares de funcionários que estão atualmente ativos.
De acordo com previsão divulgada recentemente pela Boeing, nos próximos 20 anos, a empresa estima que as companhias aéreas precisarão recrutar cerca 212.000 pilotos comerciais na América do Norte e 592.000 a mais no resto do mundo.
Nos Estados Unidos, embora ofereçam salários altos (em torno de US$314 mil por ano, livres de impostos) e excelentes benefícios, as companhias aéreas simplesmente não encontram pilotos suficientes para atender a demanda. Estima-se que nos EUA exista hoje em dia um déficit de 15 mil pilotos.
Além disso, poucos jovens estão ingressando na carreira de piloto, principalmente devido ao alto custo para formação, que normalmente é superior a $100,000. Uma das alternativas para contornar a situação da falta de pilotos nos Estados Unidos é atrair talentos de outros países para trabalharem nas companhias aéreas americanas.
De acordo com Leonardo Freitas, CEO da HAYMAN-WOODWARD GLOBAL MOBILITY SERVICES, empresa especializada em processos de mobilidade global, existem muitas oportunidades em diversas regiões dos Estados Unidos para pilotos estrangeiros qualificados: “Esse momento é uma ótima oportunidade aos pilotos brasileiros que puderem comprovar suas habilidades profissionais e formação acadêmica diferenciada, e que se qualificarem a vistos de imigrantes. É um mercado de trabalho extremamente atraente e que só tende a crescer nos próximos anos”, comenta Freitas.