Tenente Marcus Lemos, Tenente Elias E Major Monteiro
Com dois dias de evento e cerca de 60.000 pessoas, a Esquadrilha da Fumaça participou, nesse sábado e domingo (26 e 27), da 3ª edição do MUSAL AIRSHOW, no Rio de Janeiro (RJ). O local do evento, o Museu Aeroespacial (MUSAL), é o berço da aviação militar no país e é, também, onde o Esquadrão teve a sua origem, há 67 anos.
O MUSAL AIRSHOW contou com diversas atrações, entre elas, a Esquadrilha CEU, a aeronave de caça AF-1 da Marinha do Brasil que realizou passagens baixas, os saltos dos paraquedistas da Equipe Cometas do Exército e da Equipe Falcões da Força Aérea Brasileira (FAB).
"Foi a primeira vez que assisti a uma demonstração da Esquadrilha da Fumaça. Achei simplesmente incrível! Foi pura emoção!", conta a estudante de Administração e moradora do Rio de Janeiro, Débora Morato.
Após pouco mais de quatro anos no Esquadrão e ser a primeira mulher mecânica da equipe, a Sargento Rogéria Marin Pimentel, Anjo da Guarda especialista em Equipamentos de Voo, realizou a sua última missão pela Esquadrilha da Fumaça neste fim de semana. "É um momento com um misto de tristeza e de alegria para mim. Tristeza porque deixo este Esquadrão que eu amo e que me deu muitas oportunidades para cumprir o meu trabalho. Felicidade, porque encerro a minha missão e um ciclo da minha carreira para começar outro", disse ela, que segue agora para a Ala 10, em Natal (RN).
A próxima apresentação da Fumaça está prevista para o dia 25 de novembro, em Campinas (SP).
Recorde
Há 13 anos, em 29 de outubro de 2006, a Esquadrilha da Fumaça quebrou, pela terceira vez, o recorde mundial de número de aeronaves voando, simultaneamente, em formação e no dorso (de cabeça para baixo). O feito com 12 aeronaves foi assistido por cerca de 60.000 pessoas na Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), e homologado pelo Guinness World Record.
Os dois recordes anteriores também pertencem à Esquadrilha da Fumaça, sendo que o primeiro feito ocorreu com 10 aeronaves em 1996, e o segundo em 2002, com 11 aeronaves, durante as comemorações de 50 anos do Esquadrão. A data escolhida para o terceiro recorde não foi por acaso: naquela mesma semana, a FAB comemorava o centenário do primeiro voo com o 14-Bis realizado pelo brasileiro Alberto Santos-Dumont, em 1906, em Paris.
Apesar do aumento de apenas uma aeronave na formação, a manobra exigiu muito mais da equipe, pois foi formada mais uma linha de aeronaves T-27 Tucano. "A técnica foi a mesma empregada no recorde anterior, mas os parâmetros foram diferentes para que os aviões da última linha tivessem energia e manobrabilidade suficientes para manterem a velocidade e a posição”, explicou o Coronel Aviador Marcelo Gobett Cardoso, que voou na posição 7.
Fotos: Gastão / Tenente Lemos / Arquivo