No dia 10 de outubro, durante o 70º Comitê Executivo do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o General de Divisão Eduardo Pazuello, coordenador da Força-Tarefa Logística Humanitária para o Estado de Roraima, apresentou o painel “A resposta operacional brasileira para o fluxo populacional venezuelano”.
Detalhes técnicos e operacionais da Operação Acolhida foram apresentados no Salão VIII do Palácio das Nações, na sede da ONU. Compuseram, também, a mesa de debates o Senhor Antônio José Barreto de Araújo, Subchefe Adjunto Executivo de Ação Governamental da Casa Civil da Presidência da República; a Senhora Maria Hilda Marsiaj Pinto, Secretária Nacional de Justiça; e a Senhora Isabel Marquez, Diretora Adjunta do Escritório para as Américas e o Caribe da ACNUR.
Durante o evento, foi apresentada a resposta humanitária montada pelo governo brasileiro para apoiar os refugiados e imigrantes oriundos da República Bolivariana da Venezuela. Foram ressaltadas as formas inovadoras, durante as fases da recepção e do acolhimento, para responder às crescentes necessidades da população venezuelana.
Além disso, em virtude da característica continental do território brasileiro, a interiorização dessa população também foi destacada na apresentação. O General Pazuello iniciou sua intervenção com a exposição dos motivos que levaram à efetivação da Operação Acolhida e a situação do estado de Roraima, bem como o arcabouço jurídico envolvido e a constituição da governança para a solução do problema.
Destacou que é uma operação conjunta e interagências de caráter logístico-humanitário, havendo a participação de mais de uma centena de órgãos, dentre ministérios; órgãos federais, estaduais e municipais; agências internacionais; entidades; e organizações não governamentais.
Detalhou, ainda, como estão sendo realizados o ordenamento da fronteira, o abrigamento e a interiorização, sendo esta última considerada fator essencial para o sucesso da missão, possuindo caráter voluntário e foco nos desassistidos.
Fez constar também que a interiorização tem cinco modalidades: institucional, sociedade civil (processo, logística e recepção final a cargo das entidades civis e ONGs), reunificação familiar, vagas de trabalho e reunião social.
Por fim, a Sra Isabel Marquez, da ACNUR, como moderadora da mesa, encerrou a apresentação do painel, agradecendo e elogiando o trabalho realizado, bem como destacando a competência, a coordenação e o comprometimento daqueles envolvidos na Operação Acolhida.