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Alemanha rejeita mandar tropas para a Síria

A Alemanha rejeitou um pedido dos EUA para que tropas terrestres alemãs sejam enviadas para a Síria.

O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, confirmou nesta segunda-feira (08/07) que a Alemanha não pretende aumentar sua presença militar no país.

Na sexta-feira, os EUA haviam pedido para que a Alemanha enviasse tropas terrestres para a Síria.

"Quando eu digo que o governo pretende continuar com suas medidas em curso no âmbito da coalizão contra o Estado Islâmico, isso significa sem tropas terrestres", disse Seibert.

As forças armadas alemãs fornecem atualmente jatos de reconhecimento, um avião de reabastecimento e outros tipos de assistência militar que não sejam de combate diário na luta contra o EI.

A Alemanha "vem há anos fazendo uma contribuição significativa e internacionalmente reconhecida" para combater o Estado Islâmico, disse Seibert.

Além da Alemanha, os EUA haviam pedido que o Reino Unido e a França comprometessem mais apoio na luta contra o Estado Islâmico.

O representante especial dos EUA para a Síria e a coalizão contra o Estado Islâmico, James Jeffrey, ainda afirmou ao jornal Die Welt esperar que "a Alemanha forneça tropas terrestres, em parte para substituir os soldados americanos".

Ele disse ainda no domingo que esperava que a Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) apoiassem as Forças Democráticas da Síria (SDF) lideradas na região pelos curdos, fornecendo assistência técnica e treinamento. As SDF estão baseados no norte do país e agora enfrentam uma pressão crescente da Turquia.

Durante uma visita ao Iraque em junho, o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, disse que a Alemanha estaria pronta para estender sua missão para além de outubro. Mas é o Parlamento alemão que terá que aprovar qualquer prorrogação da missão para além de 31 de outubro.

Enquanto a líder da União Democrata-Cristã (CDU), Annegret Kramp-Karrenbauer, vem demonstrando disposição para negociar a contribuição da Alemanha na Síria, muitos deputados do Partido Social Democrata (SPD), que fazem parte da coalizão de governo, são contra o prolongamento da missão.

O Partido Verde e A Esquerda também rejeitam qualquer extensão do mandato alemão na Síria, incluindo o envio de tropas terrestres.

Roderich Kiesewetter, deputado da CDU no comitê parlamentar de relações exteriores, ecoou a opinião de Kramp-Karrenbauer. Ele disse à DW que o Parlamento deve travar um debate aprofundado sobre o tema e que "não há motivo para rejeitar ou receber euforicamente" uma prolongação da missão na Síria.

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