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Em Brasília, exercício cibernético integra Forças Armadas com órgão públicos e privados

Lane Barreto

A 2ª edição do Exercício Guardião Cibernético 2.0 ocorreu, entre 2 e 4 de julho, no Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), localizado no Forte Marechal Rondon, em Brasília. Participaram da atividade cerca de 200 integrantes de 40 organizações, incluindo representantes dos setores financeiro, nuclear, elétrico e das telecomunicações.

Integraram ainda a atividade órgãos parceiros de segurança cibernética, observadores do Grupo Defesa e equipes de tratamento de incidentes de Rede do Grupo Defesa. O ComDCiber, do Ministério da Defesa, conduziu o treinamento simuladot, que teve a finalidade de coordenar e integrar, em ambiente com outras agências, a segurança e a defesa cibernética para proteção de infraestruturas críticas e contribuir para atuação colaborativa entre Governo, Defesa, Comunidade Acadêmica e Setor Privado.

Durante instrução de ambientação ministrada a visitantes, o Comandante de Defesa Cibernética, General de Divisão Guido Amin Naves, ressaltou o aspecto colaborativo do “Guardião Cibernético 2.0”. “Nesses dois dias que passamos aqui, hoje, estamos encerrando um processo que começou em agosto do ano passado. O processo de montar esse exercício possui todo um aspecto colaborativo”, disse o General.

O Comando de Defesa Cibernética, órgão central do Sistema Militar da Defesa Cibernética, é um dos principais guardiões da infraestrutura estratégica do país, informou o General Amim. Para ele a realização do treinamento é materialização da cooperação e integração com outros órgãos. “O GSI é órgão central, mas nós trabalhamos em conjunto e esse exercício é exatamente isso, estamos tornando real a cooperação e integração com as estruturas críticas”, ressaltou.

Por meio do Simulador de Operações Cibernéticas, situações de ataques contra infraestruturas críticas foram reproduzidas em quatro ambientes: elétrico, telecomunicações, financeiro, nuclear.

Na sala do setor nuclear, três grupos trabalharam integrados. Divididos em gabinete de crise, o segundo voltado a estudos de implantação do marco regulatório para o setor nuclear, na área de segurança cibernética e, o terceiro, formado pela equipe de um simulador feito para realizar testes de sistemas digitais, utilizados em plantas nucleares e para servir como ferramenta de treinamento cibernético.

Desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo, e pela Universidade de São Paulo (USP), dentro de um projeto da Agência Nacional de Energia Atômica, o simulador está sendo usado em cerca de 17 instituições de 13 países, segundo informação do Capitão de Fragata Rodney Busquim e Silva, da Marinha do Brasil.

No ambiente de Telecomunicações, o Gerente de Controle de Obrigações de Qualidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Gustavo Santana Borges, ressaltou a necessidade que o setor tem de reagir a possíveis ataques cibernéticos, modalidade que alcança todos os setores e pela qual as telecomunicações tornam-se ambiente suscetível para realização desses ataques. “É importante que o setor tenha a condição de suportar esses ataques e reagir”, declarou.

Além do ambiente colaborativo, o “Guardião Cibernético 2.0”, segundo a organização, também contribui para a validação do Plano Nacional de Tratamento de Incidentes de Redes e fornece subsídios para a atualização doutrinária do Sistema Militar de Defesa Cibernética.

Capitão de Fragata da Marinha Rodney Busquim e Silva explica funcionamento de simulador desenvolvido por brasileiros

Fotos: Tereza Sobreira / MD

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