Search
Close this search box.

GHBR – Após expurgo de militares (?)

Igor Gielow

São Paulo

 

O Alto Comando do Exército promoveu na tarde desta segunda (24) dois novos generais que poderão integrar o colegiado, deixando de fora o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.

Com isso, a Força deu um sinal de independência em relação ao governo Jair Bolsonaro (PSL)

Rêgo Barros disputava duas vagas para receber a quarta estrela no ombro com outros dois generais-de-divisão, Valério Stumpf e Tomás Ribeiro Paiva. O primeiro é chefe de gabinete do general da reserva Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o segundo, comandante da 5ª Divisão de Exército, em Curitiba.

 

Ribeiro Paiva, conhecido na força pelo prenome Tomás, foi chefe de gabinete do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas e era visto como um nome certo para o Alto Comando. Já Stumpf, que é da Cavalaria, surgia como concorrente direto de Rêgo Barros, oficial da mesma arma.

Os três são da turma de 1981 da Academia das Agulhas Negras. Nesta reunião do Alto Comando, haveria uma vaga no topo da hierarquia militar a ser disputada. Mas a ida do general Luiz Fernando Ramos para a Secretaria de Governo, que será efetivada no dia 3, antecipou a abertura da última cadeira. Com isso, Rêgo Barros terá de ir para a reserva, conforme a praxe de renovação de turmas criada ainda na ditadura de 1964.

São três encontros anuais, marcados antecipadamente, para completar as 16 vagas do colegiado mais importante a cúpula militar brasileira. Postos difíceis de alcançar: de cada 400 aspirantes a oficiais formados, apenas 4 chegam às quatro estrelas da elite. Em novembro haverá a abertura de uma nova vaga.

Ainda que Stumpf e Tomás fossem vistos como candidatos mais fortes, a ida de Rêgo Barros ao coração do governo Bolsonaro no começo do ano o fortalecera politicamente. Isso até as crises recentes que antagonizaram o presidente às forças militares da ativa.

 

Na semana passada, houve a finalização desse rearranjo nas alas militares que compõem o governo do capitão reformado do Exército, e o resultado desagradou a ativa. O presidente rebaixou o general Floriano Peixoto para os Correios e ocupou sua vaga da Secretaria-Geral com um amigo pessoal.

Já o chefe dos Correios, general Juarez Cunha, foi para casa após ter sua demissão anunciada por Bolsonaro. Ele era um quatro estrelas da reserva e foi acusado de comportamento "sindicalista" pelo chefe.

Na semana retrasada, houve a demissão de Carlos Alberto dos Santos Cruz, o chefe da Secretaria de Governo que bateu de frente com o grupo influenciado pelo escritor Olavo de Carvalho no governo: os filhos de Bolsonaro Eduardo e Carlos, e os ministros da Educação e das Relações Exteriores.

O Alto Comando do Exército não digeriu o tratamento dispensado a Santos Cruz, nome dos mais respeitados entre os militares, e a Cunha, um ex-integrante do colegiado. A compensação bolada por Bolsonaro no caso da Secretaria de Governo, a indicação do general quatro estrelas Luiz Eduardo Ramos, foi vista mais como o reforço de um círculo íntimo pelo presidente —o hoje comandante militar do Sudeste é seu amigo mais próximo na ativa.

Ramos permanece sendo da ativa, mas na condição de agregado a um cargo civil. O mesmo ocorria hoje com Stumpf, que provavelmente terá de sair do Planalto se quiser ocupar uma cadeira na cúpula.

Entre militares que observam a movimentação, a manutenção de Rêgo Barros com três estrelas rumo à reserva foi vista como uma forma de evitar a já enorme simbiose entre a as forças da ativa e as alas militares do governo.

Esses observadores também lembram que o nome escolhido para substituir Ramos no Comando do Sudeste, que concentra as tropas de São Paulo, é o de um general que passou cinco anos como segurança pessoal da presidente Dilma Rousseff (PT).

O general Marco Antônio Amaro dos Santos comandava a Casa Militar de Dilma, que sofreu impeachment em 2016. Era figura constante em viagens e nas pedaladas da presidente pelas manhãs.

 

Sua indicação pode ser lida como um sinal da ativa para o Planalto de que o Exército fornece quadros para servir ao Estado, não para governantes, já que uma das tônicas de Bolsonaro é criticar quaisquer associações entre membros de sua gestão com aquelas do PT.

Nota DefesaNet

O texto acima do jornalista Igor Gielow é uma peça de desinformação com dois sentidos.

1- Tentativa de desestabilizar o governo Bolsonaro.

2 – Tentar esconder a atual briga pelo comando do Exército, onde o Gen Ex Leal Pujol, luta contra a influência do ex-comandante Gen Ex Eduardo Villas Boas de manter-se no poder via indireta e atualmente com ativa posição de ativista infiltrado pró-PSDB no Palácio do Planalto.

O Editor

Compartilhar:

Leia também
Últimas Notícias

Inscreva-se na nossa newsletter