Lisa Åbom, vice-presidente e diretora de Tecnologia da área de negócios Aeronautics da SAAB, participa do painel “Tendências de Inovação em Defesa”, durante o 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, dia 11 de junho. O evento será realizado no São Paulo Expo, em São Paulo.
Lisa Åbom fará uma apresentação sobre as principais inovações tecnológicas apontadas como tendências que irão influenciar o desenvolvimento da aviação de combate militar.
A executiva vai compartilhar suas experiências relacionadas ao desenvolvimento do caça Gripen e pontuar como as empresas podem promover a inovação em sua estrutura, incorporando novas tecnologias de produção que muitas vezes acontecem fora de suas respectivas indústrias.
“Vivemos em tempos disruptivos, com inovações tecnológicas acontecendo a todo tempo ao nosso redor. Com o amadurecimento da Inteligência Artificial (AI) e com o uso de Big Data, podemos prever novas tecnologias de produção que irão possibilitar oportunidades empolgantes. Já podemos ver start-ups sendo criadas em diversos segmentos de indústria, aplicando essas tendências inovadoras. Tais mudanças também estão alcançando os segmentos militares e a indústria de defesa – além de outras áreas consideradas mais tradicionais, como a indústria aeronáutica”, disse Lisa Åbom, vice-presidente e diretora de Tecnologia da área de negócios Aeronautics da SAAB.
A executiva apresentará como a SAAB trabalha em estreita colaboração com seus clientes, inclusive a Força Aérea Brasileira, para o aprimoramento das aeronaves para as próximas décadas.
A SAAB vem desenvolvendo tecnologia capaz de possibilitar que o caça esteja operacional, e totalmente atualizado, pelas próximas quatro décadas. “Para atender a essas demandas, o Gripen já é bastante avançado no que diz respeito à coleta de dados, fusão de dados e apoio à tomada de decisão do operador. As diferentes plataformas compartilham informações entre si, promovendo uma maior consciência situacional. No futuro, um número ainda maior de vetores terrestres, navais e aéreos irão coletar informações e compartilha-las entre si. Estamos falando de um ‘sistema de sistemas’ no qual o Gripen poderá estar voando com outras aeronaves, inclusive plataformas não tripuladas. O desafio é trazer todas essas novas tendências, considerando um contexto em que precisamos ser mais competitivos em custo de produção e mais ágeis no tempo entre desenvolvimento e disponibilização de novas soluções para o mercado”, completou a executiva.
Grande parte do Programa Gripen está sendo desenvolvido em parceria com empresas brasileiras no país. O Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN), localizado na plata da Embraer em Gavião Peixoto (Estado de São Paulo), é o hub de desenvolvimento do Gripen no Brasil.
É lá que acontece grande parte da transferência de tecnologia para as empresas brasileiras parceiras do programa. O Congresso é uma realização da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O evento, que acontece nos dias 10 e 11 de junho, reunirá representantes do setor produtivo, do governo, da academia e de parceiros estratégicos do ecossistema de inovação brasileiro e internacional.