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29 de maio, Dia Internacional dos Peacekeepers das Nações Unidas

O dia 29 de maio tem significado especial para os militares que participam ou já participaram de uma Operação de Paz. A ONU instituiu a data como o Dia Internacional dos Peacekeepers das Nações Unidas. Lembrada em todo o País pelas organizações das Forças Armadas, a cerimônia comemorativa, realizada pelo Ministério da Defesa, em Brasília, ocorrerá na próxima segunda-feira (27), às 10 horas, no Grupamento de Fuzileiros Navais.

A Subchefia de Operações de Paz do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, em coordenação com os Comandos das três Forças, está à frente das comemorações. Este ano, a Marinha do Brasil coordena o evento na capital federal. O objetivo é homenagear homens e mulheres que, com profissionalismo, dedicação e coragem, serviram e continuam servindo em Operações de Manutenção de Paz da ONU, além de honrar aqueles que perderam suas vidas em prol do cumprimento dessas missões.

O Brasil participa de Operações de Paz, com tropa, desde 1956, quando enviou um Batalhão de Infantaria de Força de Paz, Batalhão Suez, para integrar a 1ª Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF I), no conflito árabe-israelense, junto à Faixa de Gaza. Anos depois, contingentes brasileiros estiveram em Moçambique, Angola, Timor Leste e, por treze anos, no Haiti.

Na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), as Forças Armadas mobilizaram o maior efetivo brasileiro no exterior, em uma missão complexa, com grandes demandas logísticas e de emprego de tropa. Foram mais de 37 mil brasileiros na missão, que enfrentaram terremoto, furacões e acompanharam as eleições no país caribenho.

Nas mais variadas missões de paz os militares brasileiros estão, seja de caráter individual (oficiais de Estado-Maior e observadores) ou com tropas.  O Force Commander da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), desde de maio de 2018, é um general do Exército Brasileiro.

O Brasil possui também um Almirante como Comandante da Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (United Nations Interim Force in Lebanon – UNIFIL), com 17 oficiais de Estado-Maior e 200 militares da Marinha do Brasil. É a única Força-Tarefa Naval a participar de uma missão de paz. Uma Força multinacional, que conta com uma Fragata brasileira atuando como navio-capitânia nas águas do Oriente Médio, em um considerável esforço logísitico e, sobretudo, de caráter diplomático.

Uma peacekeeper na Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA, sigla em francês), Capitão de Corveta brasileira, recebeu o prêmio de Defensora Militar de Gênero do Secretário-Geral das Nações Unidas neste ano. Uma importante conquista no caminho da valorização da competência militar feminina em missões da paz.

Atualmente, a manutenção da paz da ONU emprega mais de 100 mil militares, policiais e civis em 14 operações de manutenção da paz em quatro continentes. O Brasil participa de 8 delas, com 300 capacetes azuis, sempre em contribuição aos esforços da ONU em promover a proteção de civis e manter a paz no mundo.

A data

O 29 de maio marca o início da primeira Operação de Manutenção de Paz das Nações Unidas, autorizada pelo Conselho de Segurança, no ano de 1948, por meio da Resolução Nº 50 do mesmo ano:  Organização das Nações Unidas de Supervisão da Trégua no Oriente Médio (UNTSO), em operação até hoje.

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