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Operación Libertad – Pepe Mujica – “Não se coloquem na frente dos tanques”

 

Em evento do 1º de Maio, da Frente Ampla, em Montevidéu, o veterano político uruguaio Jose Pepe Mujica, fez declarações de apoio ao Chavismo.

O político uruguaio também indicou que quem sai na rua "se expõe" e evitou se referir à responsabilidade do chavismo pela repressão.

O ex-presidente do Uruguai, José Alberto "Pepe" Mujica, declarou que "não devemos ficar na frente dos tanques" depois de um repórter ter lhe perguntado sua opinião sobre a repressão brutal lançada pelos protestos contra o regime venezuelano na terça-feira.

Imagens transmitidas para todo o mundo, na terça-feira, pode-se ver como a Guardia Nacional Bolivariana (GNB), atropela manifestantes com seus veículos blindados VN-4 "Rinoceronte", produzidos na China.

"O que você acha dos tanques atropelarem as pessoas?" Perguntou o jornalista uruguaio Leonardo Sarro, da Rádio Monte Carlo, na quarta-feira, durante um ato pelo Dia do Trabalho, em Montevidéu.

"Não há necessidade de ficar na frente dos tanques", foi a resposta cínica do ex-presidente uruguaio, entre 2010 e 2015, pela Frente Ampla. "É escandaloso", acrescentou ele, quando o repórter perguntou se ele não tinha mais nada a dizer.

Em seguida, o jornalista perguntou se o presidente venezuelano Nicolás Maduro foi quem, de acordo com Mujica, deu a ordem de usar os tanques.

"Se você sair para a rua, você se expõe … Quem dirige tanques é …", disse o político uruguaio, ex-membro do Tupamaros e amigo do falecido presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Na mesma conferência de imprensa, Mujica também apontou que a situação na Venezuela era "complexa" e que uma "solução racional" deveria ser buscada. Consultado sobre a posição que deve ter o Uruguai antes da situação, indicou que "na boca fechada não entram em moscas" e que seu país "estava se movendo".

Na terça-feira, o presidente interino declarado pela Assembleia Nacional da Venezuela e líder da oposição Juan Guaidó, anunciou o início da "fase final" Operación Libertad para acabar com a "usurpação" do poder pelo chavista Nicolas Maduro, presidente eleito no ano passado, em eleições acusadas de falta de legitimidade e em meio a uma crise política e econômica sem precedentes no país.

 

Com Guaidó, líder da oposição companheiro Leopoldo Lopez e muitos membros das Forças Armadas que rejeitaram ao chavismo tentaram, sem sucesso, tomar a base aérea La Carlota, em Caracas, e em seguida, a situação se transformou em uma manifestação de massa contra o regime venezuelano.

Então as forças leais a Maduro reprimiram com dureza e jogaram seus blindados contra os manifestantes, causando pelo menos um morto e centenas de feridos

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