Sputnik Brasil
30 Abril 2019
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que caberá a ele, de forma exclusiva, decidir como o Brasil irá se posicionar e atuar em torno da crise vivida pela Venezuela, mas a fala acabou sendo alvo do presidente da Câmara dos Deputados.
Mais cedo, em uma série de mensagens no Twitter, Bolsonaro declarou que o Brasil se solidariza com o povo venezuelano, apoiando a transição democrática e reafirmando o reconhecimento do presidente interino Juan Guaidó.
O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos. Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 30 de abril de 2019
Nas mesmas mensagens, ele não deixou de criticar a esquerda brasileira pelo seu apoio ao presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Mais tarde, Bolsonaro afirmou que qualquer hipótese envolvendo a Venezuela será decidida de forma exclusiva pelo presidente.
A situação da Venezuela preocupa a todos. Qualquer hipótese será decidida EXCLUSIVAMENTE pelo Presidente da República, ouvindo o Conselho de Defesa Nacional. O Governo segue unido, juntamente com outras nações, na busca da melhor solução que restabeleça a democracia naquele país.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 30 de abril de 2019
A mensagem veio poucas horas após o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, reafirmar que "todas as opções estão sob a mesa", uma retórica que procura não descartar nem mesmo uma eventual intervenção militar.
Pouco após a mensagem mais recente de Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esclareceu que o nenhum presidente brasileiro pode intervir militarmente em outra nação sem autorização expressa do Congresso Nacional.
Em relação ao tuíte do presidente Jair Bolsonaro sobre a situação da Venezuela, é importante lembrar que os artigos. 49, II c/c art. 84, XIX; c/c art. 137, II da Constituição Federal precisam ser respeitados.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) 30 de abril de 2019
O "bate-boca" entre Bolsonaro e Maia no Twitter sobre a Venezuela é apenas mais um capítulo da queda de braço entre os dois, que estiveram reunidos no fim de semana em Brasília para tratar de algumas pautas que interessam ao governo federal.
Na semana anterior, Maia ressaltou que não tem um bom relacionamento com o presidente, mas que isso pouco importa para pautas importantes para o Brasil, como a Reforma da Previdência.
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Nota DefesaNet
No dia 1º Maio 2019, o Sr Rodrigo Maia tuitou um arremedo aproveitando uma boia salvadora que lhe foi jogada pelo filho do presidente, Senador Flávio Bolsonaro.
Deixo claro que fiz apenas uma ressalva respeitosa. Não tenho nenhum interesse no conflito com o presidente. Precisamos estar juntos pra aprovar a Nova Previdência.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) 1 de maio de 2019
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Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, em 23MAR2019, o Sr Rodrigo Maia, aparentando grande conhecimento e certo nervosismo afirmou:
"O Brasil não tem nem condições de segurar 24 horas de confronto com a Venezuela."
O Presidente da Câmara Federal, Deputado Rodrigo Maia tem agido de forma consistente atendendo muita vezes a interesses outros que os do Brasil.
Publicaremos matéria sobre as ações externas e influências da Crise na Venezuela no Brasil.
Ver matéria
Ações do dia 27 Maio 2017 onde os mesmos atores de agora jogaram contra a República Brasileira, em benefício do Regime Bolivariano – Chavista
Exclusivo – A Guerra Híbrida Chegou ao Planalto Central Maio 2017 DefesaNet Link