Lane Barreto
Com o intuito de combater a prática de crimes ambientais na faixa de fronteira, a 5ª Divisão do Exército realizou ação ostensiva nas principais estradas do Paraná e de Santa Catarina, por meio da Operação Ágata. Desenvolvida em parceria com a Polícia Federal, Força Nacional e agências governamentais, a ação ocorreu entre 24 e 29 de março, com participação de cerca de mil militares.
Na ação ainda foram realizadas patrulhas terrestres e fluviais. Por meio da Operação, foram apreendidos quase 3 mil itens contrabandeados, cerca de 300 quilos de drogas e mais de 500 armas e munições.
Outra ação executada para prevenir e reprimir a ação de criminosos na faixa de fronteira foi a Ágata Amazônia II, realizada de 22 a 29 de março. Coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa (MD) e conduzida pela 16ª Brigada de Infantaria de Selva, situada em Tefé (AM), a ação foi desenvolvida em parceria com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Amazonas, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e do Centro Gestor Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao MD.
A Ágata Amazônia II teve a participação de aproximadamente 550 militares do Exército e de cerca de 250 homens do Comando do 9º Distrito Naval (DN) da Marinha do Brasil, localizado em Manaus.
Na ação, foram empregados dois navios-patrulha fluviais, um navio hospitalar, três lanchas e um helicóptero do Comando do 9º DN. A área de operações compreendeu o Rio Juruá, Villa Bitencourt até a Foz do Rio Puruê, localizados no estado do Amazonas.
Resultados
Em 2018, as Forças Armadas, o Departamento de Polícia Federal, a Secretaria de Receita Federal, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria Nacional de Segurança Pública e agências governamentais, realizaram mais de 100 ações conjuntas inseridas na Operação Ágata.
Entre os resultados obtidos destacam-se a realização de 200 mil inspeções, vistorias e revistas, 5 mil patrulhas navais, terrestres e áreas e a apreensão de cerca de 14 mil quilos de drogas e de 17 mil munições.
Novo formato
Em 2017, alinhada às políticas do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), a Operação Ágata foi reformulada, deixou de ser pontual e passou a ser fracionada ao longo de todo o ano, com caráter de curta duração.
Com relação às Operações na Faixa de Fronteira, o Ministério da Defesa apoia agências governamentais realizando a Operação Ágata desde o ano de 2011.
A atuação do MD, por meio da realização desta Operação, tem o intuito de intensificar a presença do Estado na faixa de fronteira e a integração com outros órgãos federais, estaduais e municipais. Além disso, estimula cooperação técnica, de inteligência e de logística entre os órgãos participantes.
Fotos:Tereza Sobreira/ Arquivo MD