Os Estados Unidos retirarão todo seu pessoal diplomático remanescente da Venezuela nesta semana, anunciou o Departamento de Estado dos EUA na noite de segunda-feira.
A medida vem na esteira da decisão, tomada por Washington no dia 24 de janeiro, de retirar todos os dependentes e reduzir o funcionalismo da embaixada ao mínimo no país sul-americano, tumultuado desde uma eleição presidencial questionada.
“Esta decisão reflete a situação em deterioração na Venezuela, além da conclusão de que a presença de pessoal diplomático dos EUA na embaixada se tornou uma restrição para as diretrizes dos EUA”, disse o Departamento de Estado em comunicado.
A pasta não deu mais detalhes, nem estabeleceu uma data para a retirada dos funcionários da embaixada em Caracas.
Na segunda-feira, o Congresso da Venezuela declarou um “estado de alarme” devido a um blecaute de cinco dias que prejudicou as exportações de petróleo do país e tornou difícil para milhões de venezuelanos conseguir água e alimentos.
A Venezuela também suspendeu o funcionamento de escolas e comércios nesta terça-feira devido ao apagão, disse o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, em um pronunciamento televisivo na segunda-feira, o terceiro cancelamento do tipo desde a queda da energia da semana passada.
O blecaute aumentou a insatisfação em uma nação que já sofre com hiperinflação e crise política desde que o líder opositor Juan Guaidó assumiu o que chama de presidência interina em janeiro, depois de declarar como fraude a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018.