Marinha do Brasil está buscando fornecedores para atender suas demandas, que deverão duplicar em 20 anos. Com este objetivo, o capitão-de-fragata Igor de Assis Sanderson de Queiroz reuniu-se, na terça-feira (18), com cerca de 100 industriais em Porto Alegre. “A nossa política é comprar com qualidade ao menor custo”, afirmou no encontro promovido pelo Comitê Gaúcho da Indústria de Defesa e Segurança da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS).
De acordo com o coordenador do Conselho da Pequena e Microindústria da FIERGS, Alexandre De Carli, esta é uma grande oportunidade para o crescimento das empresas gaúchas e, para aproveitá-la, é preciso estar preparado. Queiroz apresentou o potencial de compras e orientou às indústrias de como devem proceder para terem a Marinha do Brasil entre seus clientes, além de apresentar o controle de qualidade exigido, a forma de efetivar os pagamentos e como tomar conhecimento das licitações. “Não adianta ter bom preço e pouca qualidade. Temos laboratórios próprios e outros credenciados para garantir que as normas técnicas sejam seguidas pelos fornecedores”, salientou.
Dentro da Estratégia Nacional de Defesa, até 2020 haverá ampliação e modernização da Marinha. O capitão-tenente antecipou que o efetivo de homens e mulheres passará de 59 mil para 115 mil, além da construção de nova esquadra e de submarinos. “Teremos uma grande demanda de bens e serviços nos próximos anos. A indústria brasileira poderá crescer junto com a ampliação das Forças Armadas."
Apenas em 2010 o potencial de compras foi de R$ 31 milhões em gêneros alimentícios, R$ 20,7 milhões em fardamento, R$ 7,3 milhões em materiais de saúde, além de R$ 56 milhões em combustíveis e lubrificantes, entre outros insumos. Segundo capitão-tenente, há atualmente uma série de medidas que privilegiam o fornecedor brasileiro, principalmente micro e pequenas empresas. As licitações ocorrem via pregão eletrônico, modalidade que corresponde a mais de 90% das compras do órgão