Nota Distribuída pelo Ministério da Defesa
DefesaNet O CENSIPAM estava sob a responsabilidade da Casa Civil na Administração Luiz Ignácio, desde que foi completado, dentro dos projetos SIVAM/SIPAM. O único laboratório de inteligência geoespacial brasileira está sob coordenação do SENSIPAM. A atual colocação sob o guarda-chuva do Ministério da Defesa pode ser uma solução para a área de inteligência, mas junto carrega o ônus de inúmeros projetos fundamentais para o Teatro de Operações da Amazônia, que não são o foco do MD. Um gigantesco projeto, maravilhosamente implementado e com belos frutos que corre o risco de perder-se por falta de foco. O Editor |
Brasília, 14/10/2011 – O ministro da Defesa, Celso Amorim, conheceu de perto o trabalho, os projetos e a estrutura do parque tecnológico do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), na última quinta-feira (13), em Brasília. Acompanhado do titular da Secretaria de Coordenação e Organização Institucional (SEORI), Ari Matos, e do assessor especial José Genoino, Amorim conheceu as instalações do órgão, que em janeiro deste ano passou a fazer parte da estrutura do Ministério da Defesa.
O diretor-geral, Rogério Guedes, explicou que o SIPAM tem trabalhado em parceria com diversos órgãos com atuação na Amazônia, como estados, municípios, ministérios, defesas civis, Forças Armadas, IBAMA e Polícia Federal. Ele ressaltou a relação de interação entre os órgãos de diversas esferas na atuação conjunta na Amazônia legal. Além da participação do Sipam em conselhos e fóruns formuladores de políticas públicas, como o Conselho Brasileiro de Inteligência (CONSISBIN), Comissão Nacional da Cartografia (CONCAR) e Comitê Gestor Nacional da Operação Arco Verde.
Uma das parcerias recentes citadas pelo diretor-geral foi com o Ministério do Meio Ambiente no projeto Bolsa Verde. “Faremos o monitoramento por sensoriamento remoto (radares ou satélites) para verificar se as famílias beneficiadas pelo programa estão cumprindo o compromisso de não desmatar”, explicou. Guedes ressaltou ainda que a técnica é a mesma já utilizada no Programa Terra Legal. O Sipam tem monitorado as áreas regularizadas pelo Terra Legal. Neste caso, os proprietários têm metas de conservação de área verde.
Outro projeto é com o Ministério do Desenvolvimento Social no Pacto Norte – Brasil Sem Miséria, lançado no mês passado em Manaus (AM). Com a parceria, serão instaladas 166 antenas de comunicação via satélite, provendo de internet os municípios afastados ou de difícil acesso na Amazônia nos estados do Acre, Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Amazonas. Com o equipamento, os gestores municipais cadastrarão as famílias que vivem em situação de pobreza ou de extrema pobreza no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “É a infraestrutura tecnológica do Sipam contribuindo para ampliar o acesso dos programas sociais do governo federal na região”.
Outro projeto que entrou na pauta foi o da Cartografia da Amazônia. Em parceria com o Exército, Marinha e o Serviço Geológico do Brasil estão sendo produzidas cartas topográficas, náuticas e geológicas do chamado “vazio cartográfico” da Amazônia. São R$ 350 milhões investidos neste projeto que ajudará a conhecer Amazônia.
A modernização que o Sipam tem feito no parque tecnológico também foi assunto da reunião. O diretor-geral usou como exemplo, além das novas antenas que foram adquiridas, a parceria com a Aeronáutica na compra de uma câmera de imageamento aéreo de alta resolução que gera imagens digitais contínuas ao longo do vôo, o ADS80.
O equipamento produz imagens com resolução de até cinco centímetros do terreno, com qualidade superior as de satélites disponíveis, geradas por sensores orbitais comerciais do mercado. O ADS80 será utilizado, principalmente, no Projeto da Cartografia da Amazônia e atenderá as missões aéreas de sensoriamento remoto dos órgãos parceiros.
A visita do ministro foi acompanhada pelos diretores do SIPAM, Bruno Morelli (Administração e Finanças), Cristiano Cunha, (Diretoria Técnica) e Fernando Campagnoli (Diretoria de Produtos), além dos coordenadores Periclés Cardim (Insitucional e Planejamento) e Ricardo Santos (Inteligência).