Israel atacou a Síria no início desta segunda-feira, como parte de sua campanha cada vez mais declarada contra a presença do Irã no país, atingindo Damasco com uma hora de fortes explosões na segunda noite consecutiva de ação militar.
Damasco não especificou quantas vítimas ou quais danos foram provocados pelo ataque, mas um órgão monitor da guerra disse que 11 pessoas morreram e a Rússia, aliada da Síria, disse que quatro soldados sírios morreram.
A ameaça de um confronto direto entre os arqui-inimigos Israel e Irã tem há muito pairado sobre a Síria, onde militares iranianos se estabeleceram no início da guerra civil para ajudar o presidente sírio, Bashar al-Assad, a combater rebeldes muçulmanos sunitas que tentavam derrubá-lo do poder. Israel, que vê o Irã como sua maior ameaça, tem repetidamente atacado alvos iranianos na Síria e milícias aliadas, incluindo o libanês Hezbollah.
Mas, com uma eleição se aproximando, e com os Estados Unidos se comprometendo a agir mais contra o Irã, o governo israelense decidiu dar destaque aos ataques que antes preferia manter em silêncio, e também adotou um posicionamento mais rígido contra o Hezbollah na fronteira com o Líbano.
Segundo Israel, um ataque de mísseis no domingo foi responsabilidade do Irã. Em Teerã, o chefe da Força Aérea, o general brigadeiro Aziz Nasirzadeh, disse que o Irã está “totalmente pronto e impaciente para confrontar o regime sionista e eliminá-los da Terra”, segundo site supervisionado pela televisão estatal iraniana.
Assad tem dito que forças iranianas podem permanecer na Síria após anos de vitórias militares que recuperaram a maior parte do país, embora dois grandes enclaves permaneçam controlados por outras forças.