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Manobra Escolar – Operação de Demonstração de Força na AMAN encerra as atividades no terreno

Como encerramento das atividades no terreno da Manobra Escolar 2018, foi realizada, na tarde da terça-feira, dia 13 de novembro, a Operação de Demonstração de Força, na Pista Andrade Neves, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Esse tipo de operação militar tem como objetivo corroborar o poder de dissuasão de uma determinada tropa. Não tem por objetivo o avanço sobre o inimigo, mas evitar a sua atuação. Foram executados tiros do lançador de mísseis ASTROS, de blindados como o Leopard, Cascavel, M160, M113, M118, obuseiro 105 mm, tiros de aeronaves, das metralhadoras MAG e .50, do morteiro 60 mm, dentre outros.

A sociedade espera de seu Exército que tenha capacidade técnica e pessoal capacitado para o cumprimento de suas missões constitucionais. Para bem cumpri-las é necessário que o ensino seja prioridade e se busque sempre a excelência na sua condução.

Os exercícios militares simulados, realizados pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército, são oportunidades de vital importância para o adestramento dos militares em formação e aperfeiçoamento para que, quando ocuparem suas funções, nas organizações militares de todo País, tenham conhecimento técnico e capacidades bem desenvolvidas para realizarem os mais diversos trabalhos que lhes serão exigidos.

A Manobra Escolar é o mais importante exercício de simulação de combate do sistema de ensino do Exército Brasileiro. Realizada anualmente, ela coroa o ano de instrução de 13 estabelecimentos de ensino, proporcionando atividades coordenadas entre todas as Armas, Quadros e Serviços do Exército. São contextualizadas situações-problema, dentro de um conflito extrarregional, que desafiam o militar em formação a buscar soluções, utilizando-se para isso dos meios e pessoal que tem à sua disposição.

O objetivo é que os diversos estabelecimentos de ensino e organizações militares especializadas sejam empregados em um quadro tático, previamente estabelecido dentro do contexto de uma Força Terrestre Componente (FTC), em operações de amplo espectro, explorando os atuais conceitos doutrinários.

Em 2018 houve um grande esforço logístico e operacional, para garantir que o material humano presente no exercício recebesse uma formação exemplar e que tivesse contato com os melhores meios em utilização na atualidade. Contaram, também, com a presença de componentes de projetos estratégicos do Exército, como o fuzil IA2, o Blindado Guarani, o lançador de mísseis ASTROS, o Radar Saber e o Sistema Pacificador.

Hospital de Campanha presta apoio de saúde para tropa e eleva o nível de treinamento durante Manobra

Como são tratados os feridos em combate? Como são evacuados se houver necessidade de atendimento mais especializado? Em situações dessa natureza, a estrutura logística do Exército Brasileiro deverá ser capaz de prestar desde os primeiros-socorros e atendimentos simples até as cirurgias mais complexas.

Durante a Manobra Escolar 2018, como em outras edições, os militares puderam contar com a presença do Hospital de Campanha (H Cmp) do Exército, prestando o apoio de saúde para a tropa e elevando o nível de treinamento.

O H Cmp é um complexo hospitalar móvel, que reúne pessoal, equipamentos e instalações para prestar atendimento em áreas em que o apoio à saúde é vital, mas não está disponível, ou é precário e limitado nos estabelecimentos locais de atendimento. A quase totalidade das instalações são montadas em contêineres especializados. Para seu desdobramento no terreno, que ocorre de maneira rápida e organizada, utiliza contêineres com padrão ISO que podem ser transportados por meio aéreo, aquático, ferroviário ou rodoviário.

Dessa forma, o contexto de realização da Manobra Escolar confirma a doutrina militar e passa para cada combatente a certeza de que sempre poderá contar com o apoio de saúde, em caso de ser vitimado pelos diversos riscos que o combate moderno impõe.

Em exercício simulado na Manobra Escolar, robôs tEODor e Telemax entram em ação contra artefato explosivo

Em um dos problemas militares simulados trabalhados ao longo da Manobra Escolar 2018, foi recebida uma denúncia da presença de um artefato explosivo em frente ao prédio de uma prefeitura. A fim de elucidar o militar em formação sobre os procedimentos em situações dessa natureza, foram acionados os robôs tEODor e Telemax, ambos da marca Telerob (empresa alemã) e pertencentes ao 2º Batalhão de Engenharia de Combate, de Pindamonhangaba (SP).

Os robôs foram criados com o propósito de serem utilizados em operações de Desativação de Artefatos Explosivos. Foram adquiridos pelo Exército Brasileiro, para o Núcleo da Diretoria de Material de Engenharia e representa um avanço significativo no manuseio de explosivos. O objetivo é que o robô estabeleça o primeiro contato com o artefato explosivo, realizando a neutralização do material sem pôr em risco a integridade física de seres humanos.

Tanto o tEODor quanto o Telemax são operados por rádio frequência com alcance de utilização de um quilômetro. A utilização de meios remotos na desativação de artefatos explosivos tem como principal finalidade diminuir a exposição humana a risco de uma detonação. Os robôs já atuaram em grandes eventos, entre eles as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

Fotos: Sgt Cavalcanti, Al Reis, Gabino e Cap Lindembergue

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