Telma Penteado, Tenente Carlos Balbino e Capitão Landenberger
Militares de Busca e Salvamento (SAR) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) do país participaram, entre os dias 28 de outubro e 12 de novembro, da primeira edição do Exercício Operacional de Busca e Salvamento (SAREX I).
O treinamento teve como finalidade nivelar conhecimentos e aprimorar técnicas vitais para a segurança de pessoas que se encontrem em situação de perigo na terra ou no mar. Ao todo, 42 militares estiveram presentes durante os 16 dias de atividades na Base Aérea dos Afonsos (BAAF), no Rio de Janeiro (RJ).
O Coordenador da SAREX I, Major Fernando Garcia Pfutze, destacou os objetivos da missão. “O principal é fazer um planejamento adequado, compatível com a ação que a aeronave tem que fazer para encontrar o alvo e concluir com sucesso a missão dada”, comentou.
Dois shelters (abrigos) de trabalho foram montados pelo Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), onde ficaram as posições de Telefone (por meio dos quais são feitas as chamadas telefônicas para órgãos de controle e demais localidades das comunidades circundantes ao lugar de onde partiu a demanda em busca da coleta e apuração de dados sobre os incidentes); Documentação (trâmite oficial para formalização de ações); SARMASTER (gerenciador de informações com capacidade de cálculos, geração de relatórios e registro gráfico das áreas atendidas pela Operação); e Coordenação (SMC – Coordenador de Missão SAR, Oficial que supervisiona e se responsabiliza por tudo que acontece ao longo da missão).
Ao contrário de outras missões, como a Carranca, em que voluntários fizeram o papel das vítimas a serem socorridas, no SAREX os militares trabalharam com alvos simulados lançados pelas aeronaves.
Para o Chefe da Sessão de Planejamento e da Seção de Coordenação de Controle de Busca e Salvamento (DCCO-6) e Adjunto da Coordenação, Capitão Aviador Michell Lorio Boareto, o importante é estar sempre a postos. “Temos que treinar para estarmos prontos para cumprir as missões de Busca e Salvamento, diuturnamente, 24 horas por dia, todos os dias do ano.
A população pode ficar tranquila quanto ao nosso profissionalismo e dedicação”, ressaltou. Ainda de acordo com o Capitão Boareto, a ideia é que no futuro, além da Marinha, também sejam feitas parcerias com o Exército, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia para aprimorar o processo de pronta resposta.
Representando a Marinha do Brasil, o Tenente Richardson do Nascimento Soares falou sobre os benefícios da atuação conjunta com a Força Aérea nas atividades SAR, que têm sido cada vez mais frequentes. “É muito importante vir aqui e entender melhor qual é a dinâmica da Força Aérea, como ela trabalha. Assim podemos fornecer os subsídios necessários e, em contrapartida, solicitar adequadamente o apoio da FAB, haja vista que nossa área marítima é muito extensa – cerca de 15 milhões de quilômetros quadrados”, destacou. A expectativa dos organizadores é de que esse treinamento ocorra pelo menos uma vez ao ano.
Fotos: Fábio Maciel