O que trouxe você para os Estados Unidos e, conseqüentemente, para a Boeing?
Eu vim para os EUA como uma estudante de intercâmbio de segundo grau para melhorar o meu Inglês e aprender sobre a cultura americana. Como parte do programa escolar, visitei universidades americanas e fiquei fascinada pelos programas, professores, laboratórios e cursos oferecidos para estudantes de engenharia. Foi muito além de qualquer coisa que me foi oferecida no meu estado natal, Pernambuco, no Brasil. No início, parecia um sonho freqüentar uma escola aqui, mas com o apoio e incentivo da minha família, além de uma pontuação muito boa no ACT (American College Test), fui aceita e até recebi bolsas de estudos para freqüentar aulas na Washington University, em St. Louis, Missouri. Pensei em voltar para casa após a formatura, mas, na época, o mercado de trabalho para graduados em engenharia mecânica era muito limitado no Brasil. Como resultado, insisti em oportunidades aqui nos EUA que levaram a uma oferta de emprego da Boeing.
O que exatamente você faz na Boeing?
Atualmente, estou participando do Programa de Rotação para Habilidades em Engenharia como Gerente de Fornecedores designada à produção do F/A-18. Como tal, minha função principal é representar a Boeing junto aos fornecedores. Sou responsável por aspectos técnicos, de qualidade, de entrega e contratuais na relação Fornecedor/Boeing.
Há quanto tempo você trabalha no Programa Super Hornet?
Estou no programa Super Hornet desde 2004. Primeiro, como Engenheira de Ferramentas no apoio à produção, e agora como Gerente do Programa de Fornecedores. Nestes sete anos, tenho sido muito feliz pela oportunidade de participar e liderar projetos muito desafiadores e interessantes como a implementação da linha de produção pulsante da Trailing Edge Flap Pulse Line e o sistema de perfuração do Inner Wing Closure Rib Drilling.
Voçê acompanha as noticias no Brasil sobre o Programa F-X2? Gostaria de ver o Super Hornet vencer a competição?
Eu gosto de acompanhar o noticiário nacional brasileiro em geral, bem como o Programa F-X2. Apesar de morar nos EUA por muitos anos, volto para casa pelo menos uma vez por ano e mantenho contato com minha família e amigos no Brasil. Como brasileira, gostaria de ver a melhor aeronave vencer o Programa F-X2. Trabalho com o F/A-18 Super Hornet e tenho conhecimento de primeira mão de como e um excelente avião de combate. Nossos clientes amam o jato e acredito que isso e um resultado direto do foco no cliente que a equipe do Super Hornet tem, para se certificar de que atendemos ou superamos as expectativas dos clientes. O F/A-18 e provado em combate, fácil de manter, muito robusto e projetado para voar em ambientes difíceis. Creio que esse perfil encaixa-se nos nossos desafios de voar sobre a extensa linha costeira para proteger nossos campos de petróleo e sobre as florestas para proteger nossas fronteiras. Eu adoraria ver a bandeira brasileira na cauda vertical do Super Hornet!.