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COMAEX – Simulação de guerra em cenário virtual

Tenente Carlos Balbino
Agência Força Aérea

O Exercício COMAEX, realizado na sede do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), chegou ao fim, nesta terça-feira (18), após oito dias de atividades envolvendo a simulação virtual de operações militares aeroespaciais em situações de combate.

O encerramento ocorreu na Sala de Guerra, onde foi colocada em prática a maioria das ações, e contou com a presença do Comandante do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino.

Para o oficial-general, o treinamento atendeu bem às expectativas da Força Aérea Brasileira (FAB). “Demos o primeiro passo de uma longa jornada. A questão de comando e controle para emprego de armas é fundamental para que a gente tenha o necessário conhecimento e segurança do uso desse armamento. Nós estamos habilitados a prestar assessoria dentro dessa área”, afirmou.


Ao avaliar os fatores que contribuíram para o sucesso do Exercício, o Tenente-Brigadeiro destacou o papel da opinião pública e a importância de valorizá-la em processos decisórios. “A opinião pública é fundamental porque, em qualquer ação de emprego de armamento que gere algum tipo de problema e que haja uma enorme discordância dessa grande massa, o Comando Militar terá problemas em se explicar. Então, evidentemente que nós temos que levar em consideração todas essas opiniões sem esquecermos os grandes objetivos do emprego bélico”, reforçou.

Além de tornar o efetivo apto a agir em situações reais, o Exercício teve como objetivo atualizar o Manual de Planejamento e Condução de Operações (MPCOA). Segundo o Chefe do Subdepartamento de Administração do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, que comandou a Força Aérea Componente (FAC) no COMAEX, as mudanças feitas no documento nortearão a realização de outros exercícios operacionais. 

“O COMAEX foi uma oportunidade ímpar de resgatar o treinamento efetivo da cadeia de comando e o ciclo dentro da Força Aérea Componente. A gente não fazia isso desde 2013. Tenho certeza que o Exercício proporcionou um conhecimento muito grande. Foi de suma importância e agora vamos aproveitar para colher os frutos”, disse.

Os resultados obtidos com a realização do Exercício ainda serão analisados e mensurados pela equipe envolvida. O Major Aviador Leonardo Ell Pereira, que na ocasião atuou como chefe da Sala Defensiva, acredita que ficaram muitas lições aprendidas. “Ficou bem claro que os processos de comando e controle têm que ser ágeis. No mundo real, hoje, tudo é online, em tempo real.

Então, o tempo é um fator crítico de sucesso e a gestão do conhecimento do que acontece na guerra tem que gerar um processo bastante rápido também. Não dá para esperar para tomar uma decisão. As coisas acontecem e mudam a todo o momento. Todos nós temos que estar preparados para isso. Isso é determinante para o sucesso da missão”, assinalou.

Cerca de 100 militares de todo o país – integrantes de diversas Organizações da FAB – participaram do treinamento que terá uma nova edição no ano que vem. Os preparativos do COMAEX 2019 começam já no próximo mês. Segundo o Comandante de Operações Aeroespaciais, a ideia é que todos os integrantes da Força Aérea que lidam com a área de emprego de armamentos tenham a oportunidade de fazer o curso.

“A partir da experiência adquirida aqui, os problemas e as dificuldades serão corrigidos e os acertos serão replicados. Assim, nós acreditamos que poderemos aumentar o nível de complexidade do nosso Exercício e consequentemente a capacitação dos nossos oficiais”, finalizou O Tenente-Brigadeiro Aquino.

 

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